Diabetes autorreferido em idosos: comparação das prevalências e medidas de controle

Autores/as

  • Sheila Rizzato Stopa Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Chester Luiz Galvão César Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Neuber José Segri Universidade Federal de Mato Grosso; Departamento de Saúde Coletiva
  • Moisés Goldbaum Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva
  • Vanessa Martins Valente Guimarães Universidade de São Paulo; Escola de Artes, Ciências e Humanidades
  • Maria Cecília Goi Porto Alves Secretaria de Estado da Saúde; Instituto de Saúde
  • Marilisa Berti de Azevedo Barros Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Medicina Preventiva e Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005219

Resumen

OBJETIVO O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência de diabetes em idosos e as medidas de controle adotadas. MÉTODOS Foram analisados dados de idosos diabéticos participantes dos Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo, SP, ISA-Capital, 2003 e 2008, estudos de base transversal. Compararam-se as prevalências e seus intervalos de confiança entre os dois anos de estudo, segundo variáveis sociodemográficas. Realizou-se a junção dos bancos de dados quando ocorreu sobreposição dos intervalos de confiança. Realizou-se teste Qui-quadrado com nível de significância de 5% e o Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott). Variáveis sem sobreposições entre os intervalos de confiança não foram testadas. RESULTADOS Os idosos tinham predominantemente de 60 a 69 anos, eram do sexo feminino, de cor branca, com renda >; 0,5 até 2,5 salários mínimos e baixa escolaridade. A prevalência de diabetes foi de 17,6% (IC95% 14,9;20,6) em 2003 e 20,1% (IC95% 17,3;23,1) em 2008, sugerindo crescimento no período (p no limite da significância). O uso de hipoglicemiantes apresentou maiores prevalências, seguido por dieta alimentar, entre os meios adotados para controlar o diabetes. Houve baixa frequência das práticas de atividade física, apesar da diferença significativa encontrada no período. Ocorreram diferenças significativas relacionadas ao acesso e ao uso de serviço público de saúde para controle do diabetes, maior em idosos com menor renda e menor escolaridade nos dois anos analisados. CONCLUSÕES O diabetes é uma doença complexa e desafiadora para o portador e para os sistemas de saúde. São necessárias iniciativas que encorajem práticas de promoção de saúde, uma vez que estas apresentaram percentuais inferiores ao uso de hipoglicemiantes. Deve-se investir em políticas públicas de saúde, principalmente direcionadas aos idosos de baixa renda e escolaridade. Tais mudanças são essenciais para a melhoria das condições de saúde dos idosos portadores de diabetes.

Publicado

2014-08-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Stopa, S. R., César, C. L. G., Segri, N. J., Goldbaum, M., Guimarães, V. M. V., Alves, M. C. G. P., & Barros, M. B. de A. (2014). Diabetes autorreferido em idosos: comparação das prevalências e medidas de controle . Revista De Saúde Pública, 48(4), 554-662. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005219