Atenção Primária à Saúde: coordenadora do cuidado em redes regionalizadas?

Autores

  • Patty Fidelis de Almeida Universidade Federal Fluminense; Instituto de Saúde Coletiva; Departamento de Planejamento em Saúde
  • Adriano Maia dos Santos Universidade Federal da Bahia; Instituto Multidisciplinar em Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2016050006602

Resumo

OBJETIVO Analisar o alcance da coordenação do cuidado pela Atenção Primária à Saúde em três regiões de saúde. MÉTODOS Trata-se de estudo de caso, com abordagem quantitativa e qualitativa. Foram realizadas 31 entrevistas semiestruturadas com gestores municipais, regionais e estaduais e estudo transversal com aplicação de questionários para médicos (74), enfermeiros (127) e amostra representativa de usuários (1.590) da Estratégia Saúde da Família em três municípios-sede de regiões de saúde do estado da Bahia. RESULTADOS A função de porta de entrada preferencial pela Atenção Primária à Saúde deparava-se com forte concorrência de serviços ambulatoriais hospitalares e de pronto-atendimento, desarticulados da rede. Problemas de acesso e oferta de atenção especializada eram agravados pela dependência do setor privado nas regiões, ainda que tenham sido observados avanços na institucionalização de fluxos desde a Atenção Primária à Saúde. A contrarreferência era deficiente e a comunicação interprofissional escassa, principalmente quando o usuário era atendido na rede contratada ou conveniada. CONCLUSÕES A capacidade de coordenação mostra-se afetada tanto pela fragmentação da rede regional, quanto por problemas intrínsecos à Atenção Primária à Saúde, pouco fortalecida em seus atributos essenciais. Apesar de as regiões de saúde apresentarem problemas em comum, a Atenção Primária à Saúde continua sendo um tema circunscrito aos limites municipais.

Publicado

2016-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Almeida, P. F. de, & Santos, A. M. dos. (2016). Atenção Primária à Saúde: coordenadora do cuidado em redes regionalizadas? . Revista De Saúde Pública, 50, 80. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2016050006602