Tendências da expectativa de vida saudável de idosas brasileiras, 1998-2008

Autores/as

  • Marília Regina Nepomuceno Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Ciências Econômicas; Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional
  • Cássio Maldonado Turra Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Ciências Econômicas; Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005472

Palabras clave:

Mulheres, Estilo de Vida, Comportamentos Saudáveis, Qualidade de Vida, Perfil de Impacto da Doença, Expectativa de Vida Ativa

Resumen

OBJETIVO Analisar a expectativa de vida saudável condicional e não condicional de idosas brasileiras.MÉTODOS Estudo transversal, utilizando a técnica intercensitária, para estimar, na ausência de dados longitudinais, a expectativa de vida saudável não condicional e condicional ao estado de saúde corrente do indivíduo. Os dados utilizados foram obtidos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1998, 2003 e 2008, cuja amostra foi composta, respectivamente, por 11.171, 13.694 e 16.259 mulheres com idade igual ou superior a 65 anos. Foram utilizadas, também, tábuas completas de mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, para os anos de 2001 e 2006. A definição dos estados de saúde baseou-se na dificuldade em realizar as atividades de vida diária.RESULTADOS O tempo de vida remanescente apresentou forte dependência com o estado de saúde corrente das idosas. No período 1998-2003, a proporção do tempo a ser vivido com incapacidade por mulheres saudáveis aos 65 anos era de 9,8%. Esse percentual aumentou para 66,2% quando as mulheres aos 65 anos já apresentavam alguma incapacidade. A análise temporal mostrou que a expectativa de vida ativa das mulheres aos 65 anos aumentou entre 1998-2003 (19,3 anos) e 2003-2008 (19,4 anos). No entanto, ganhos de vida se concentraram, sobretudo, no estado não saudável.CONCLUSÕES A análise da expectativa de vida condicional e não condicional indica concentração dos ganhos de vida, provenientes do declínio da mortalidade, em estados não saudáveis. Esse padrão sugere que não houve redução da morbidade entre as idosas brasileiras entre 1998 e 2008.

Publicado

2015-01-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Nepomuceno, M. R., & Turra, C. M. (2015). Tendências da expectativa de vida saudável de idosas brasileiras, 1998-2008. Revista De Saúde Pública, 49, 1. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005472