Projeto de coordenação intra-hospitalar de doação de órgãos: custo-efetividade e benefícios sociais

Autores

  • Vanessa Silva e Silva Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Enfermagem
  • Luciana Carvalho Moura Hospital Israelita Albert Einstein; Instituto Israelita de Responsabilidade Social
  • Renata Fabiana Leite Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Enfermagem
  • Priscilla Caroliny de Oliveira Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Enfermagem
  • Janine Schirmer Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Enfermagem; Departamento de Enfermagem na Saúde da Mulher
  • Bartira De' Aguiar Roza Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Enfermagem; Departamento de Enfermagem Clínica e Cirúrgica

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005770

Palavras-chave:

Coleta de Tecidos e Órgãos, Equipe de Assistência ao Paciente, Enfermagem, recursos humanos, Custos e Análise de Custo, Análise Custo-Benefício

Resumo

OBJETIVO Avaliar a viabilidade de profissional especialista em comissões intra-hospitalares de doação de órgãos e tecidos para transplantes. MÉTODOS Estudo epidemiológico, retrospectivo e transversal (2003 a 2011 e 2008 a 2012), realizado com dados de doação de órgãos para transplantes no estado de São Paulo. Foram avaliados nove hospitais (hospitais 1 a 9). Foram avaliadas, por regressão logística, diferenças em número de notificações de morte encefálica e doadores efetivos (variáveis dependentes) após a entrada do profissional especialista (variável independente) na comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplantes. Para avaliação do faturamento hospitalar, foram calculados o salário-hora de médico e enfermeiro, conforme legislação da Consolidação das Leis do Trabalho, o retorno e o prazo do retorno do investimento. RESULTADOS Após a entrada de enfermeiro especialista na comissão, as notificações de morte encefálica e o número de doadores efetivos aumentaram no hospital 2 (4,17 e 1,52, respectivamente). No hospital 7, o número de doadores efetivos também aumentou de 0,005 para 1,54. E, após entrada de enfermeiro especialista, o faturamento hospitalar aumentou em 190,0% (variação de 40,0% a 1.955%). O custo mensal para 20 horas semanais do enfermeiro foi R$940,00 e, do médico, R$8.330,00. O retorno do investimento foi de 275%, em curto prazo (0,36 anos). CONCLUSÕES A inserção de profissional especialista nas comissões intra-hospitalares para captação de doação de órgãos e tecidos para transplantes mostra-se custo-efetiva. Novos estudos econômicos na área podem contribuir com uma política pública eficiente de implantação desse modelo de captação de órgãos e tecidos para transplantes.

Publicado

2015-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, V. S. e, Moura, L. C., Leite, R. F., Oliveira, P. C. de, Schirmer, J., & Roza, B. D. A. (2015). Projeto de coordenação intra-hospitalar de doação de órgãos: custo-efetividade e benefícios sociais. Revista De Saúde Pública, 49, 72. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005770