Estrutura e processo de trabalho na atenção primária e internações por condições sensíveis

Autores

  • Waleska Regina Machado Araujo Universidade Federal do Maranhão
  • Rejane Christine de Sousa Queiroz Universidade Federal do Maranhão; Departamento de Saúde Pública
  • Thiago Augusto Hernandes Rocha Universidade Federal de Minas Gerais; Centro de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração
  • Núbia Cristina da Silva Universidade Federal de Minas Gerais; Centro de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração
  • Elaine Thumé Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Social
  • Elaine Tomasi Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Social
  • Luiz Augusto Facchini Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Social
  • Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz Universidade Federal do Maranhão; Departamento de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2017051007033

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, organização & administração, Admissão do Paciente, Avaliação de Processos e Resultados (Cuidados de Saúde), Avaliação de Programas e Projetos de Saúde, Estudos Ecológicos

Resumo

OBJETIVO Investigar se características da estrutura das unidades básicas de saúde e do processo de trabalho das equipes de atenção básica estão associadas ao número de internações por condições sensíveis à atenção primária. MÉTODOS Neste estudo ecológico, foram analisados dados de municípios brasileiros relativos a características sociodemográficas, de cobertura de programas assistenciais, de estrutura das unidades básicas de saúde e processo de trabalho das equipes de atenção básica. Os dados foram obtidos do primeiro ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Programa das Nações Unidas. Estimaram-se as associações por meio de coeficientes de regressão binomial negativa (β) e respectivos intervalos de confiança a 95%, com abordagem hierarquizada em três blocos (alpha = 5%). RESULTADOS Na análise ajustada, para o desfecho em 2013, no bloco distal, a cobertura do Programa Bolsa Família (β = -0,001) e de plano privado (β = -0,01) apresentaram associação negativa; e o índice de desenvolvimento humano (β = 1,13), a proporção de pessoa idosa (β = 0,05) e de menor de cinco anos (β = 0,05) e a cobertura da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (β = 0,002) mostraram associação positiva com internações por condições sensíveis à atenção primária. No bloco intermediário, apresentaram associação negativa o horário mínimo (β = -0,14) e a disponibilidade de vacina (β = -0,16); e associação positiva, a disponibilidade de medicamentos (β = 0,16). No bloco proximal, apenas a variável apoio matricial (β = 0,10) mostrou associação positiva. Na análise ajustada do número de internações por condições sensíveis à atenção primária em 2014, as variáveis apresentaram o mesmo sentido de associação de 2013. CONCLUSÕES Características da estrutura das unidades básicas de saúde e do processo de trabalho das equipes de atenção básica impactam no número de internações por condições sensíveis à atenção primária nos municípios brasileiros.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Araujo, W. R. M., Queiroz, R. C. de S., Rocha, T. A. H., Silva, N. C. da, Thumé, E., Tomasi, E., Facchini, L. A., & Thomaz, E. B. A. F. (2017). Estrutura e processo de trabalho na atenção primária e internações por condições sensíveis. Revista De Saúde Pública, 51, 75. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2017051007033