Desigualdades na esperança de vida saudável por Unidades da Federação

Autores

  • Célia Landmann Szwarcwald Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
  • Dália Elena Romero Montilla Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
  • Aline Pinto Marques Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
  • Giseli Nogueira Damacena Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
  • Wanessa da Silva de Almeida Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
  • Deborah Carvalho Malta Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem; Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051000105

Palavras-chave:

Expectativa de Vida, Fatores Socioeconômicos, Desigualdades em Saúde, Inquéritos Epidemiológicos

Resumo

OBJETIVO Estimar a esperança de vida saudável aos 60 anos por sexo e Unidade da Federação e investigar as desigualdades geográficas e por nível socioeconômico. MÉTODOS A esperança de vida saudável foi estimada pelo método de Sullivan, com base nas informações da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Foram adotados três critérios para definição de estado “não saudável”: autoavaliação de saúde ruim, funcionalidade para realização das atividades da vida diária, e presença de doença crônica não transmissível com grau intenso de limitação. O indicador de nível socioeconômico foi construído com base no número de bens no domicílio e grau de escolaridade do responsável. Para analisar as desigualdades geográficas e por nível socioeconômico, foram calculadas medidas de desigualdade, como a razão, a diferença e o coeficiente angular. RESULTADOS A esperança de vida saudável entre os homens variou de 13,8 (Alagoas) a 20,9 (Espírito Santo) para o critério de autoavaliação de saúde ruim. Entre as mulheres, as estimativas correspondentes foram sempre mais altas e variaram de 14,9 (Maranhão) a 22,2 (São Paulo). Quanto à razão de desigualdades por Unidade da Federação, as medianas foram sempre maiores para a esperança de vida saudável do que para a esperança de vida, independentemente da definição adotada para estado saudável. Quanto às diferenças por Unidade da Federação, a esperança de vida saudável chegou a ser sete anos maior em um estado do que em outro. Por nível socioeconômico, foram encontradas diferenças de três e quatro anos, aproximadamente, entre os últimos e primeiro quintos, para homens e mulheres, respectivamente. CONCLUSÕES Além de os indicadores de mortalidade estarem associados às condições de vida, as desigualdades são ainda mais pronunciadas quando o bem-estar e as limitações nas atividades habituais são levados em consideração, mostrando a necessidade de promover ações e programas para diminuir o gradiente socioespacial.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Szwarcwald, C. L., Montilla, D. E. R., Marques, A. P., Damacena, G. N., Almeida, W. da S. de, & Malta, D. C. (2017). Desigualdades na esperança de vida saudável por Unidades da Federação. Revista De Saúde Pública, 51(supl.1), 7s-. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051000105