Polifarmácia:

uma realidade na atenção primária do Sistema Único de Saúde

Autores

  • Renata Cristina Rezende Macedo do Nascimento Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Farmácia. Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistência Farmacêutica
  • Juliana Álvares Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Farmácia. Departamento de Farmácia Social
  • Augusto Afonso Guerra Junior Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Farmácia. Departamento de Farmácia Social
  • Isabel Cristina Gomes Faculdade de Ciências Médicas
  • Micheline Rosa Silveira Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Farmácia. Departamento de Farmácia Social
  • Ediná Alves Costa Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva
  • Silvana Nair Leite Universidade Federal de Santa Catarina. Departamento de Ciências Farmacêuticas
  • Karen Sarmento Costa Universidade Estadual de Campinas. Núcleo de Estudos de Políticas Públicas Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Saúde Coletiva. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Orlando Mario Soeiro Universidade Católica de Campinas. Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Ione Aquemi Guibu Santa Casa de São Paulo. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Saúde Coletiva
  • Margô Gomes de Oliveira Karnikowski Universidade de Brasília. Faculdade de Ceilândia
  • Francisco de Assis Acurcio Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Farmácia. Departamento de Farmácia Social

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007136

Palavras-chave:

Polimedicação. Fatores de Risco. Segurança do Paciente. Assistência Farmacêutica. Atenção Primária à Saúde. Pesquisa sobre Serviços de Saúde. Sistema Único de Saúde

Resumo

OBJETIVO: Caracterizar a polifarmácia em usuários da atenção primária e identificar fatores a ela associados. MÉTODOS: Estudo transversal, exploratório, de natureza avaliativa, integrante do Componente Serviços da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos, 2015. A variável de interesse foi a polifarmácia, definida como o uso de cinco ou mais medicamentos. Buscou-se identificar a associação de variáveis sociodemográficas e indicadores de condições de saúde à polifarmácia. Para a comparação de grupos utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson. A associação entre polifarmácia e variáveis explicativas foi avaliada por modelo de regressão logística (p < 0,05). A qualidade do ajuste foi verificada pelo teste de Hosmer-Lemeshow. RESULTADOS: A prevalência de polifarmácia entre os usuários de medicamentos foi de 9,4% (IC95% 7,8–12,0) na população geral e de 18,1% (IC95% 13,6–22,8) em idosos acima de 65 anos. Houve associação estatisticamente significante entre polifarmácia e faixa etária acima de 45 anos, baixa autopercepção de saúde, presença de doenças crônicas, ter plano de saúde, atendimento em serviço de emergência e região do país. Usuários do Sul apresentaram as maiores chances para polifarmácia. Os medicamentos mais utilizados foram os do aparelho cardiovascular, sendo compatível com o perfil epidemiológico nacional. CONCLUSÕES: A polifarmácia é uma realidade na população atendida no âmbito da atenção primária do Sistema Único de Saúde e pode estar relacionada ao uso exacerbado ou inapropriado de medicamentos. O principal desafio para qualificar a atenção em saúde é garantir que a prescrição de múltiplos medicamentos seja apropriada e segura

Publicado

2017-09-22

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Nascimento, R. C. R. M. do, Álvares, J., Guerra Junior, A. A., Gomes, I. C., Silveira, M. R., Costa, E. A., Leite, S. N., Costa, K. S., Soeiro, O. M., Guibu, I. A., Karnikowski, M. G. de O., & Acurcio, F. de A. (2017). Polifarmácia:: uma realidade na atenção primária do Sistema Único de Saúde. Revista De Saúde Pública, 51(suppl.2), 19s. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007136