Uso do linkage para a melhoria da completude do SIM e do Sinasc nas capitais brasileiras

Autores

  • Lívia Teixeira de Souza Maia Universidade Federal de Pernambuco. Centro Acadêmico de Vitória. Núcleo de Saúde Coletiva
  • Wayner Vieira de Souza Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Departamento de Saúde Coletiva
  • Antonio da Cruz Gouveia Mendes Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Departamento de Saúde Coletiva
  • Aline Galdino Soares da Silva Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Departamento de Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051000431

Palavras-chave:

Mortalidade Infantil. Registro de Nascimento. Registros de Mortalidade. Integração de Sistemas. Sistemas de Informação em Saúde. Estatísticas Vitais.

Resumo

OBJETIVO: Analisar a contribuição do linkage entre os bancos de dados de nascidos vivos e óbitos infantis para a melhoria da completude das variáveis comuns ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e ao Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) nas capitais brasileiras no ano de 2012. MÉTODOS: Foram estudados 9.001 óbitos de menores de um ano registrados no SIM no ano de 2012 e 1.424.691 nascidos vivos em 2011 e 2012 contidos no Sinasc. As bases de dados foram relacionadas por meio do linkage em duas etapas – determinística e probabilística. Calculou-se o percentual de incompletude das variáveis comuns ao SIM e ao Sinasc antes e após o emprego da técnica. RESULTADOS: Foi possível relacionar 90,8% dos óbitos à sua respectiva declaração de nascido vivo, a maioria pareada deterministicamente. Constatou-se maior percentual de pares em Porto Alegre, Curitiba e Campo Grande. Nas capitais do Norte, a média de pares foi de 84,2%; no Sul, esse resultado chegou a 97,9%. As 11 variáveis comuns ao SIM e ao Sinasc apresentavam 11.278 campos incompletos cumulativamente, sendo possível recuperar 91,4% das informações após o emprego do linkage. Cinco variáveis apresentavam completude excelente no Sinasc em todas as capitais brasileiras e apenas uma no SIM antes do relacionamento. Após a aplicação dessa técnica, todas as 11 variáveis do Sinasc passaram ao status de excelência, enquanto o mesmo ocorreu em sete no SIM. A capital de nascimento associou-se significativamente ao componente do óbito na qualidade da informação. CONCLUSÕES: Apesar dos avanços na cobertura e qualidade do SIM e do Sinasc, ainda são identificados problemas de completude das variáveis, em especial no SIM. Nessa perspectiva, o emprego do linkage apresenta-se como estratégia para qualificação de informações importantes para análise das mortes infantis.

Publicado

2017-12-04

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Maia, L. T. de S., Souza, W. V. de, Mendes, A. da C. G., & Silva, A. G. S. da. (2017). Uso do linkage para a melhoria da completude do SIM e do Sinasc nas capitais brasileiras. Revista De Saúde Pública, 51, 112. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051000431