Freqüência e determinantes do aleitamento materno em municípios do Estado de São Paulo

Autores

  • Sonia Isoyama Venancio Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Instituto de Saúde
  • Maria Mercedes Loureiro Escuder Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Instituto de Saúde
  • Pedro Kitoko Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Nutrição
  • Marina Ferreira Rea Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Instituto de Saúde
  • Carlos Augusto Monteiro Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Nutrição

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000300009

Palavras-chave:

Aleitamento materno, Alimentação infantil, Saúde da criança, Serviços de saúde, Epidemiologia, Inquéritos de saúde

Resumo

OBJETIVO: Em resposta à necessidade sentida por municípios brasileiros de informação referente às práticas de amamentação com vistas ao planejamento em saúde, realizou-se estudo com o objetivo de descrever a situação da amamentação e identificar fatores associados ao desmame nesses municípios. MÉTODOS: De uma convocação aberta a todos os municípios do Estado de São Paulo, 84 aderiram a um treinamento para coleta de dados no Dia Nacional de Vacinação, em 1998. Para cada município, foi desenhada uma amostra compatível com o tamanho de sua população infantil, aplicando-se um questionário padronizado com questões referentes à alimentação da criança nas 24 horas precedentes. Além de estatísticas descritivas sobre a freqüência de amamentação, foram analisados pela regressão logística fatores de risco para interrupção da amamentação exclusiva em menores de quatro meses e para o desmame em menores de um ano. RESULTADOS: O aleitamento exclusivo nos primeiros quatro meses raramente alcançou índices superiores a 30%. Como fatores de risco para essa situação, identificaram-se: baixa escolaridade materna, ausência de programa Hospital Amigo da Criança, primiparidade e maternidade precoce. Com relação aos menores de um ano, a amamentação ficou em torno de 50%. CONCLUSÃO: A ausência do programa Hospital Amigo da Criança, primiparidade, trabalho informal ou desemprego materno foram os fatores de risco para o desmame. As taxas municipais de amamentação diferem amplamente no Estado de São Paulo, o que reforça a importância de diagnósticos locais, rápidos e de fácil apropriação por profissionais de saúde.

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Publicado

2002-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Venancio, S. I., Escuder, M. M. L., Kitoko, P., Rea, M. F., & Monteiro, C. A. (2002). Freqüência e determinantes do aleitamento materno em municípios do Estado de São Paulo . Revista De Saúde Pública, 36(3), 313-318. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000300009