Escala de violência psicológica contra adolescentes

Autores

  • Joviana Q Avanci Fundação Instituto Oswaldo Cruz; Instituto Fernandes Figueira
  • Simone G Assis Fundação Instituto Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde
  • Nilton César dos Santos Fundação Instituto Oswaldo Cruz; Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli
  • Rachel V C Oliveira Fundação Instituto Oswaldo Cruz; Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000500002

Palavras-chave:

Psicologia da criança, Psicologia do adolescente, Violência doméstica^i1^spsicolo, Testes psicológicos, Comparação transcultural, Reprodutibilidade de resultados

Resumo

OBJETIVO: Apresentar estratégias e resultados da adaptação transcultural de uma escala de violência psicológica, para ser utilizada em amostras brasileiras. MÉTODOS: A escala de violência, originalmente no idioma inglês e traduzida para o português foi aplicada em 266 adolescentes escolares. A amostra incluiu estudantes das sétimas e oitavas séries do ensino fundamental e primeiro e segundo ano do ensino médio das redes pública e privada do município de São Gonçalo, Estado do Rio de Janeiro. Vários tipos de equivalências foram investigados, sendo a semântica avaliada quanto ao significado referencial e geral de cada item; a de mensuração foi apreciada por meio de propriedades psicométricas (confiabilidade teste-reteste, validade de constructo, consistência interna e análise fatorial. Para avaliar a confiabilidade foi utilizada a estatística do Kappa e o coeficiente de correlação intraclasse, e o coeficiente de Pearson para apreciação da validade de constructo. RESULTADOS: Os pontos de discussões teórico-conceituais foram considerados adequados no que se refere às equivalências conceitual e de itens. A equivalência semântica obteve percentual superior a 60% na avaliação do significado referencial e geral dos itens. O alfa de Cronbach encontrado foi de 0,94; a concordância do índice de Kappa foi discreta, coeficiente de correlação intraclasse de 0,82 e a análise fatorial apresentou estrutura de fator com grau de explicação de 43,5% da variância. Quanto à validade de constructo, a escala de violência psicológica apresentou correlação negativa significativa com auto-estima e apoio social, e correlação positiva com a violência cometida pelo pai e pela mãe. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos indicam a aplicabilidade do instrumento na população adolescente brasileira.

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Publicado

2005-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Avanci, J. Q., Assis, S. G., Santos, N. C. dos, & Oliveira, R. V. C. (2005). Escala de violência psicológica contra adolescentes . Revista De Saúde Pública, 39(5), 702-708. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000500002