Mortalidade neonatal em unidades de cuidados intensivos no Brasil Central

Autores

  • Claci F Weirich Universidade Federal de Goiás; Faculdade de Enfermagem e Nutrição
  • Ana Lucia S S Andrade Universidade Federal de Goiás; Departamento de Saúde Coletiva; Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
  • Marilia Dalva Turchi Universidade Federal de Goiás; Departamento de Saúde Coletiva; Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
  • Simonne A Silva Universidade Federal de Goiás; Departamento de Saúde Coletiva; Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
  • Otaliba L Morais-Neto Universidade Federal de Goiás; Departamento de Saúde Coletiva; Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
  • Ruth Minamisava Universidade Federal de Goiás; Faculdade de Enfermagem e Nutrição
  • Solomar M Marques Secretaria da Saúde do Município de Goiânia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000500012

Palavras-chave:

Mortalidade infantil, Unidades de terapia intensiva neonatal, Recém-nascido de baixo peso, Sistemas de informação, Coeficiente de mortalidade

Resumo

OBJETIVO: Identificar fatores prognósticos de mortalidade neonatal em unidades de cuidados intensivos. MÉTODOS: Realizou-se estudo de coorte de nascidos vivos do município de Goiânia, no período de novembro de 1999 a outubro de 2000. Procedeu-se à vinculação das bases de dados das declarações de nascidos vivos e de óbitos, das quais as variáveis de exposição foram extraídas. Adicionalmente, foi implementado um sistema ativo de vigilância de mortalidade neonatal. A variável de efeito foi constituída dos recém-nascidos admitidos nas unidades de cuidados intensivos que sobreviveram (n=713) e dos que morreram (n=162). Utilizou-se o modelo de regressão de Cox para identificar fatores associados à mortalidade neonatal e a curva Receiver Operating Characteristic para avaliar a acurácia de variáveis estatisticamente significantes em modelo multivariado. Taxas de mortalidade ajustadas por peso de nascimento e Apgar do quinto minuto foram calculadas para cada unidade de cuidados intensivos. RESULTADOS: Baixo peso ao nascer e Apgar do quinto minuto permaneceram associados ao óbito neonatal, de forma independente. Peso ao nascer igual a 2.500 g apresentou acurácia de 0,71 (IC 95%: 0,65-0,77) na predição de óbito neonatal (sensibilidade =72,2%). Observou-se ampla variação nas taxas de mortalidade entre as unidades de cuidados intensivos (9,5%-48,1%) sendo que duas delas permaneceram com taxas significantemente mais altas após o ajuste da mortalidade pelo peso de nascimento e Apgar. CONCLUSÕES: Os resultados mostraram que o peso de nascimento é uma variável sensível para uso em triagens em programas de vigilância de óbito neonatal e pode identificar as unidades de cuidados intensivos com altas taxas de mortalidade para implementação de ações preventivas e para intervenções no período intra-parto.

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Publicado

2005-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Weirich, C. F., Andrade, A. L. S. S., Turchi, M. D., Silva, S. A., Morais-Neto, O. L., Minamisava, R., & Marques, S. M. (2005). Mortalidade neonatal em unidades de cuidados intensivos no Brasil Central . Revista De Saúde Pública, 39(5), 775-781. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000500012