Fatores associados a taxas de cesárea em hospital universitário

Autores

  • Thiago Mamôru Sakae Universidade Federal de Santa Catarina; Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
  • Paulo Fontoura Freitas UFSC; Departamento de Saúde Pública; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
  • Eleonora d'Orsi UFSC; Departamento de Saúde Pública; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000300011

Palavras-chave:

Gestantes, Cesárea, Fatores de Risco, Fatores Socioeconômicos, Cuidado Pré-Natal, Hospitais Universitários, Análise Multivariada

Resumo

OBJETIVO: Analisar fatores associados à realização do parto cesariano. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em hospital universitário de Florianópolis (SC), de 2001 a 2005. Foram analisados fatores socioeconômicos, de experiências reprodutivas, institucionais e relacionados à prática obstétrica. As informações relativas a 7.249 partos foram obtidas a partir de prontuários clínicos e registros de admissão, parto e pós-parto. Foi utilizada a regressão de Cox na análise para estimar razões de prevalência de cesárea nas categorias das variáveis de interesse. RESULTADOS: As taxas de cesárea aumentaram de 27,5% a 36,5% no período e estiveram acima daquelas devidas a indicações médicas. Após ajuste para confundimento, as taxas de cesárea se mostraram positivamente associadas com cesárea prévia (RP=2,65; IC 95%: 2,31; 3,05), apresentação não-cefálica (RP=2,23; IC 95%: 1,69; 2,95), uso de ocitocina (RP=1,77; IC 95%: 1,43; 2,19), dilatação à admissão (RP=2,74; IC 95%: 2,18; 3,44), e obstetra com taxa de cesárea superior a 35%(RP=1,82; IC 95%: 1,36; 2,42). CONCLUSÕES: Os fatores associados a maior probabilidade de cesárea mostraram a importância de intervenções direcionadas à mulher e sua experiência reprodutiva, assim como mudanças na prática obstétrica.

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Publicado

2009-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Sakae, T. M., Freitas, P. F., & d'Orsi, E. (2009). Fatores associados a taxas de cesárea em hospital universitário . Revista De Saúde Pública, 43(3), 472-480. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000300011