Equivalência e avaliação da necessidade de sorologia de controle entre esquemas de pré-exposição à raiva humana

Autores

  • Ricardo Siqueira Cunha Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Instituto Pasteur
  • Andréa de Cássia Rodrigues da Silva Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Instituto Pasteur
  • Alexandre Mendes Batista Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Instituto Pasteur
  • Luciana Botelho Chaves Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa; Departamento de Medicina Social
  • Rita Barradas Barata Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa; Departamento de Medicina Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000005

Palavras-chave:

Vacinas Anti-Rábicas^i1^simunolo, Serologia, Imunidade Humoral, Estudos de Intervenção, Raiva^i1^spreven, Raiva^i1^scontr

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a resposta imune humoral do esquema de pré-exposição da raiva humana realizado pelas vias intramuscular e intradérmica e a necessidade de sorologia de controle. MÉTODOS: Estudo de intervenção controlado e randomizado, realizado em São Paulo, SP, em 2004-2005. Foram recrutados 149 voluntários, dos quais 127 (65 intradérmica e 62 intramuscular) completaram o esquema de vacinação e realizaram avaliação da resposta imune humoral dez, 90 e 180 dias após o término da vacinação. Foram considerados dois desfechos para a comparação entre as duas vias de aplicação: a média geométrica do título de anticorpos neutralizantes e a proporção de indivíduos com títulos satisfatórios (>; 0,5 UI/mL) em cada momento de avaliação. Foi analisada a associação da resposta humoral com dados antropométricos e demográficos por meio de teste de médias e qui-quadrado com correção de Yates. Após a conclusão do esquema foram feitas a comparação da proporção de soropositivos pelo teste de Kruskall Wallis e a comparação dos títulos médios por análise de variância. RESULTADOS: Os títulos médios de anticorpos foram maiores nos indivíduos que receberam as vacinas por via intramuscular. A percentagem de voluntários com títulos satisfatórios (>; 0,5 UI/mL) diminuiu com o tempo em ambos os grupos, porém, no grupo que recebeu as vacinas por via intradérmica, a proporção de títulos satisfatórios no dia 180 variou de 20% a 25%, enquanto pela via intramuscular variou de 63% a 65%. Não se observou associação da resposta imune humoral com as variáveis demográficas ou antropométricas. CONCLUSÕES: A sorologia após a terceira dose pode ser considerada desnecessária em indivíduos sob controle quanto à exposição, uma vez que 97% e 100% dos voluntários vacinados, respectivamente por via intradérmica e pela via intramuscular, apresentaram níveis de anticorpos satisfatórios (>; 0,5 UI/mL).

Publicado

2010-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Cunha, R. S., Silva, A. de C. R. da, Batista, A. M., Chaves, L. B., & Barata, R. B. (2010). Equivalência e avaliação da necessidade de sorologia de controle entre esquemas de pré-exposição à raiva humana . Revista De Saúde Pública, 44(3), 548-554. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000005