Aumento na sobrevida de crianças de grupos de peso baixo ao nascer em Santa Catarina

Autores

  • Carlos Eduardo Andrade Pinheiro UFSC; CCS; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
  • Marco Aurélio Peres UFSC; CCS; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
  • Eleonora D' Orsi UFSC; CCS; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000031

Palavras-chave:

Mortalidade Infantil, Mortalidade Neonatal, Peso ao Nascer, Análise de Sobrevida, Estudos de Coortes

Resumo

OBJETIVO: Analisar fatores associados à sobrevida no primeiro ano de vida. MÉTODOS: Estudo de coorte histórica foi realizado com dados dos sistemas de informação de nascimento e mortalidade sobre 90.153 registros de nascidos vivos e 1.053 registros de óbitos de menores de um ano em hospitais de Florianópolis e São José, SC, entre 1999 e 2006. Foram estimadas curvas de sobrevida (Kaplan-Meier) para grupos de peso ao nascer, período (quadriênios) e tipo de maternidade. Foram calculadas razões de riscos proporcionais para óbitos utilizando regressão de Cox. RESULTADOS: A sobrevida (98,8%) não se modificou entre os grupos de peso, mas aumentou nos grupos de menos de 2.000 g (77,7% para 81,2%, p = 0,029) entre os quadriênios de 1999 a 2002 e 2003 a 2006. Houve aumento de menores de 2.000 g no segundo quadriênio estudado. O tipo de hospital foi associado significativamente à probabilidade de sobrevida. CONCLUSÕES: Há maior probabilidade de sobrevida entre nascidos em hospitais privados e no hospital de ensino para todos os grupos de peso e para o grupo de menos de 2000 g. A sobrevida dos grupos de peso abaixo de 2000 g aumentou no quadriênio mais recente. Entretanto, o coeficiente de mortalidade infantil não diminuiu nesse período, pois a prevalência dos nascidos em grupos de menor peso também aumentou.

Publicado

2010-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Pinheiro, C. E. A., Peres, M. A., & D' Orsi, E. (2010). Aumento na sobrevida de crianças de grupos de peso baixo ao nascer em Santa Catarina . Revista De Saúde Pública, 44(5), 776-784. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000031