Internações por condições sensíveis à atenção primária nas coordenadorias de saúde no RS

Autores

  • Leonardo Lemos de Souza Universidade do Vale do Rio dos Sinos; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Juvenal Soares Dias da Costa Universidade do Vale do Rio dos Sinos; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000400017

Palavras-chave:

Hospitalização, tendências, Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde, Atenção Primária à Saúde, Serviços de Saúde, Estudos Ecológicos

Resumo

OBJETIVO: Comparar taxas de internações por condições sensíveis em municípios-sede de coordenadorias de saúde. MÉTODOS: Estudo ecológico com indivíduos de ambos os sexos de 20 a 59 anos nos municípios-sede das coordenadorias regionais de saúde do Rio Grande do Sul de 1995 a 2007. Os dados sobre internações foram obtidos do Datasus. Foram analisadas as taxas mediante regressão de Poisson com variação robusta. As taxas dos municípios foram comparadas com as do restante do estado do Rio Grande do Sul, excluídos os municípios-sede. RESULTADOS: Os municípios, exceto Porto Alegre (1,01) e Osório (1,02), apresentaram redução das taxas de internações por condições sensíveis. Entre os municípios grandes, as maiores quedas foram observadas em Santa Maria (0,92) e Pelotas (0,93). Os municípios médios apresentaram taxas inferiores no final do período. Nos pequenos, apenas Lajeado e Frederico Westphalen apresentaram taxas inferiores às do estado em 2007. As maiores taxas foram observadas nos municípios pequenos. CONCLUSÕES: Houve tendência de diminuição das internações em quase todos os municípios, possivelmente pela ampliação da atenção primária antes mesmo do Programa Saúde da Família e das modificações de gestão. As elevadas taxas de hospitalizações em municípios pequenos sugerem ocupação de leitos por condições sensíveis para justificar oferta ociosa.

Publicado

2011-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Souza, L. L. de, & Costa, J. S. D. da. (2011). Internações por condições sensíveis à atenção primária nas coordenadorias de saúde no RS . Revista De Saúde Pública, 45(4), 765-772. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000400017