Autopercepção da saúde bucal em idosos e fatores associados em Campinas, SP, 2008-2009

Autores

  • Débora Dias da Silva Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Departamento de Odontologia Social
  • Roberta Barros de Held Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia
  • Stella Vidal de Souza Torres Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia
  • Maria da Luz Rosário de Sousa Unicamp; Faculdade de Odontologia de Piracicaba; Departamento de Odontologia Social
  • Anita Liberalesso Neri Unicamp; Faculdade de Educação; Departamento de Psicologia Educacional
  • José Leopoldo Ferreira Antunes USP; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000068

Palavras-chave:

Idoso, Saúde Bucal, Auto-Avaliação, Fatores Socioeconômicos, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO: Descrever a autopercepção de saúde bucal em idosos e analisar fatores sociodemográficos e clínicos associados. MÉTODOS: Estudo transversal com 876 participantes em amostra representativa de idosos (65 anos ou mais) de Campinas, SP, em 2008-2009. Os exames odontológicos seguiram critérios padronizados pela Organização Mundial da Saúde para levantamentos epidemiológicos de saúde bucal. A autopercepção da saúde bucal foi avaliada pelo índice Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). Os indivíduos foram classificados segundo características sociodemográficas, odontológicas e prevalência de fragilidade biológica. O estudo de associações utilizou análise de regressão de Poisson; a análise considerou os pesos amostrais e a estrutura complexa da amostra por conglomerados. RESULTADOS: A média de idade dos indivíduos foi de 72,8 anos; 70,1% eram mulheres. A proporção de indivíduos com mais de 20 dentes presentes foi 17,2%; 38,2% usavam prótese dentária total em ambos os arcos; 8,5% necessitavam desse recurso em ao menos um arco dentário. Em média, o índice GOHAI foi elevado: 33,9 (máximo possível 36,0). Manter 20 dentes ou mais, usar prótese total nos dois arcos, não necessitar desse tratamento, não apresentar alterações de mucosa oral e não apresentar fragilidade biológica foram os fatores significantemente associados com melhor autopercepção de saúde bucal (p < 0,05). CONCLUSÕES: A avaliação de autopercepção em saúde bucal permitiu identificar os principais fatores associados a esse desfecho. Esse instrumento pode contribuir para o planejamento de serviços odontológicos, orientando estratégias de promoção em saúde voltadas à melhora da qualidade de vida das pessoas desse grupo etário.

Publicado

2011-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, D. D. da, Held, R. B. de, Torres, S. V. de S., Sousa, M. da L. R. de, Neri, A. L., & Antunes, J. L. F. (2011). Autopercepção da saúde bucal em idosos e fatores associados em Campinas, SP, 2008-2009 . Revista De Saúde Pública, 45(6), 1145-1153. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000068