Indicadores entomológicos de Aedes aegypti em área endêmica de dengue, São Paulo, Brasil

Autores

  • Eliane A Favaro Faculdade de Medicina de Sao Jose do Rio Preto; Laboratorio de Virologia
  • Margareth R Dibo Superintendencia de Controle de Endemias; Laboratorio de Vetores
  • Mariza Pereira Superintendencia de Controle de Endemias; Diretoria de Combate a Vetores
  • Ana P Chierotti Superintendencia de Controle de Endemias; Laboratorio de Vetores
  • Antonio L Rodrigues-Junior Universidade de Sao Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirao Preto; Departamento de Medicina Social
  • Francisco Chiaravalloti-Neto Universidade de Sao Paulo; Faculdade de Saude Publica; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47i3.76665

Resumo

OBJETIVO: Avaliar os tipos de imóveis e de recipientes mais produtivos para o desenvolvimento de Aedes aegyptie a distribuição espacial de indicadores entomológicos. MÉTODOS: Foram realizadas coletas de formas imaturas de mosquitos para obtenção de indicadores entomológicos em 9.875 imóveis no bairro Jaguaré, no município de São José do Rio Preto, SP, entre dezembro de 2006 e fevereiro de 2007. Aplicou-se questionário sobre as condições e características de imóveis em março e abril de 2007. Utilizou-se regressão logística para identificar as variáveis associadas com a presença de pupas nos imóveis. Índices calculados por quadra foram combinados com mapas georreferenciados, possibilitando a produção de mapas temáticos por meio de interpolação estatística. RESULTADOS: Os imóveis inspecionados apresentaram os seguintes índices para Ae. aegytpi: Índice de Breteau de 18,9, 3,7 larvas e 0,42 pupas por imóvel, 5,2 recipientes com Ae. aegypti por hectare, 100,0 larvas e 11,6 pupas por hectare, e 1,3 larva e 0,15 pupa por habitante. Presença de quintal, jardim e animais associaram-se com a presença de pupas. CONCLUSÕES: Não foram identificados tipos específicos de imóveis e de recipientes que fossem pouco frequentes dentre aqueles com a presença do vetor e, ao mesmo tempo, que apresentassem elevada participação na produtividade de larvas e pupas. O uso de índices baseados na quantificação de larvas e pupas não traria informações além daquelas obtidas com os índices estegômicos tradicionais em localidades com características similares a São José do Rio Preto. Os índices calculados por área apresentaram maior acurácia para avaliar espacialmente a infestação, e a infestação por Ae. aegypti apresentou grande variabilidade espacial, apontando a necessidade de realizar avaliações de infestação em microáreas.

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Publicado

2013-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Favaro, E. A., Dibo, M. R., Pereira, M., Chierotti, A. P., Rodrigues-Junior, A. L., & Chiaravalloti-Neto, F. (2013). Indicadores entomológicos de Aedes aegypti em área endêmica de dengue, São Paulo, Brasil. Revista De Saúde Pública, 47(3), 588-597. https://doi.org/10.1590/rsp.v47i3.76665