Soroprevalencia de rubeola em Colombia: analise por coorte de nascimento

Autores

  • Doracelly Hincapie-Palacio Universidad de Antioquia; Facultad Nacional de Salud Publica; Grupo de Epidemiologia
  • Viviana Lenis Ballesteros Universidad de Antioquia; Facultad Nacional de Salud Publica; Grupo de Epidemiologia
  • Martha Ospina Ospina Secretaria Seccional de Salud y Proteccion Social de Antioquia; Laboratorio Departamental de Salud Publica
  • Olga Lucia Perez Toro Secretaria Seccional de Salud y Proteccion Social de Antioquia; Laboratorio Departamental de Salud Publica
  • Francisco J Diaz Universidad de Antioquia; Facultad de Medicina; Grupo Inmunovirologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47i6.76678

Resumo

OBJETIVO : Estimar a soroprevalência de rubéola e fatores associados. MÉTODOS : Estudo de soroprevalência em população a través de uma amostra aleatória de 2.124 indivíduos de seis a 64 anos, representativa por idade, sexo e área em Medellín, Colômbia, 2009. Foi analisada a associação de variáveis biológicas e socioeconômicas com a soroproteção para rubéola, de acordo com a coorte de nascimento antes (1954 a 1990) e depois (1991 a 2003) do inicio da vacinação universal. Foram determinados os títulos de IgG com testes de alta sensibilidade (AxSYM® Rubella IgG – Laboratório Abbott) e especificidade (VIDAS RUB IgG II® – Laboratório BioMerieux). Foram estimadas proporções e médias ponderadas derivadas de amostragem complexa incluindo um fator de correição pelas diferenças na participação por sexo. Foi analisada a associação da proteção por grupos de variáveis biológicas e sociais com um modelo de regressão logística, segundo a coorte de nascimento. RESULTADOS : As médias dos títulos de IgG foram maiores nos nascidos antes do inicio da vacinação (média 110UI/ml; IC95% 100,5;120,2) do que nos nascidos posteriormente (média 64 UI/ml; IC 95% 54,4;72,8), p = 0,000. A proporção de proteção foi crescente de 88,9% nos nascidos em 1990-1994, de 89,2% em 1995-1999 e de 92,1% em 2000 a 2003, provavelmente relacionado à administração do reforço desde 1998. A soroproteção esteve associada nos nascidos antes com o fato de ter contato com casos (RD 2,6; IC95% 1,1;5,9), o estado de saúde (RD 2,5; IC95% 1,05;6,0), o nível de escolaridade (RD 0,2; IC95% 0,08;0,8) e os anos morando no bairro (RD 0,96; IC95% 0,98;1,0), após ajuste por todas as variáveis. Nos nascidos posteriormente, houve associação com o tempo de sono efetivo (RD 1,4; IC95% 1,09;1,8) e o estado de saúde (RD 5,5; IC95% 1,2;23,8). CONCLUSÕES : A vacinação massiva gerou mudanças no perfil da soroprevalência, sendo maiores os títulos naqueles nascidos antes do inicio da vacinação. Propõe-se realizar monitoramento do nível de proteção em longo prazo e concertar ações para aprimorar as condições socioeconômicas potencialmente associadas.

Publicado

2013-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Hincapie-Palacio, D., Ballesteros, V. L., Ospina, M. O., Toro, O. L. P., & Diaz, F. J. (2013). Soroprevalencia de rubeola em Colombia: analise por coorte de nascimento. Revista De Saúde Pública, 47(6), 1080-1091. https://doi.org/10.1590/rsp.v47i6.76678