Custos diretos com tratamento do VIH/SIDA em Portugal

Autores

  • Julian Perelman Universidade Nova de Lisboa; Escola Nacional de Saude Publica
  • Joana Alves Universidade Nova de Lisboa; Escola Nacional de Saude Publica
  • Ana Claudia Miranda Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental; Hospital Egas Moniz
  • Ceu Mateus Universidade Nova de Lisboa; Escola Nacional de Saude Publica
  • Kamal Mansinho Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental; Hospital Egas Moniz
  • Francisco Antunes Centro Hospitalar de Lisboa Norte; Hospital de Santa Maria
  • Joaquim Oliveira Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Jose Pocas Centro Hospitalar de Setubal
  • Manuela Doroana Centro Hospitalar de Lisboa Norte; Hospital de Santa Maria
  • Rui Marques Hospital de Sao Joao
  • Eugenio Teofilo Centro Hospitalar de Lisboa Central; Hospital dos Capuchos
  • Joao Pereira Universidade Nova de Lisboa; Escola Nacional de Saude Publica

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47i5.76696

Resumo

OBJETIVO Analisar dos custos diretos médicos com VIH/SIDA, de acordo com a perspetiva do Serviço Nacional de Saúde, em Portugal. MÉTODOS Efetuou-se análise retrospectiva de registros médicos em amostra de 150 pacientes de cinco centros especializados em 2008. Foram obtidos dados de utilização de recursos médicos durante 12 meses e das características dos pacientes nesse período. Aplicou-se o custo unitário a cada componente de custo, usando fontes oficiais e dados contabilísticos dos hospitais. RESULTADOS O custo médio anual de tratamento foi de 14.277 euros por paciente. A parcela de custo mais importante foi o custo com o tratamento antirretroviral (9.598 euros), seguido dos custos de internação (1.323 euros). Os custos de tratamento com severidade aumentaram de 11.901 euros (>; 500 CD4 células/µl) para 23.351 euros (CD4 ≤ 50 células/µl). A progressão dos custos deve-se principalmente ao aumento dos custos de internação, dado que os custos com tratamento antirretroviral se mantêm constantes ao longo dos estádios. CONCLUSÕES O custo elevado do tratamento antirretroviral é compensado com o custo relativamente baixo da internação, apesar deste aumentar com a severidade. A baixa progressão dos custos totais revela que estratégias de saúde pública alternativas que não alterem a transmissão da doença terão apenas impacto limitado nas despesas, dado que os custos são largamente influenciados pelo do tratamento antirretroviral.

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Publicado

2013-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Perelman, J., Alves, J., Miranda, A. C., Mateus, C., Mansinho, K., Antunes, F., Oliveira, J., Pocas, J., Doroana, M., Marques, R., Teofilo, E., & Pereira, J. (2013). Custos diretos com tratamento do VIH/SIDA em Portugal. Revista De Saúde Pública, 47(5), 865-872. https://doi.org/10.1590/rsp.v47i5.76696