Consumo de macronutrientes e ingestão inadequada de micronutrientes em adultos

Autores

  • Marina Campos Araujo Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Ilana Nogueira Bezerra Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Flávia dos Santos Barbosa Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Nutrição; Departamento de Nutrição Social
  • Washington Leite Junger Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia
  • Edna Massae Yokoo Universidade Federal Fluminense; Instituto de Saúde da Comunidade; Departamento de Epidemiologia e Bioestatística
  • Rosangela Alves Pereira Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Nutrição Josué de Castro; Departamento de Nutrição Social Aplicada
  • Rosely Sichieri Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47isuppl.1.76723

Resumo

OBJETIVO: Estimar o consumo de energia e nutrientes e a prevalência de ingestão inadequada de micronutrientes entre adultos brasileiros. MÉTODOS: Foram analisados dados do Inquérito Nacional de Alimentação da Pesquisa de Orçamento Familiar 2008-2009. O consumo alimentar foi avaliado por dois dias de registro alimentar não consecutivos. Um total de 21.003 indivíduos (52,5% mulheres) entre 20 e 59 anos de idade participou do estudo. A ingestão usual de nutrientes foi estimada pelo método proposto pelo National Cancer Institute. As prevalências de ingestão inadequada de micronutrientes foram obtidas pelo método da necessidade média estimada (EAR) como ponto de corte. Para manganês e potássio, a Ingestão Adequada (AI) foi usada como ponto de corte. A ingestão de sódio foi comparada com o nível de ingestão máximo tolerável (UL). A prevalência de inadequação da ingestão de ferro foi determinada por abordagem probabilística. Os dados foram analisados de acordo com a localização do domicílio (área urbana ou rural) e as macrorregiões do país. RESULTADOS: A média do consumo energético foi de 2.083 kcal entre os homens e 1.698 kcal entre as mulheres. Prevalências de inadequação maiores ou iguais a 70% foram observadas para cálcio entre os homens e magnésio, vitamina A, sódio em ambos os sexos. Prevalências maiores ou iguais a 90% foram encontradas para cálcio entre as mulheres e vitaminas D e E em ambos os sexos. Prevalências menores que 5% foram encontradas para ferro entre os homens e niacina para homens e mulheres. No geral, a prevalência de ingestão inadequada foi mais acentuada na área rural e na região Nordeste. CONCLUSÕES: O consumo de energia é maior entre indivíduos residentes em áreas urbanas e da região Norte. Os grupos com maior risco de ingestão inadequada de micronutrientes são as mulheres e os que residem na área rural e na região Nordeste.

Publicado

2013-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Araujo, M. C., Bezerra, I. N., Barbosa, F. dos S., Junger, W. L., Yokoo, E. M., Pereira, R. A., & Sichieri, R. (2013). Consumo de macronutrientes e ingestão inadequada de micronutrientes em adultos. Revista De Saúde Pública, 47(suppl. 1), 177-189. https://doi.org/10.1590/rsp.v47isuppl.1.76723