Internação de idosos por condições sensíveis à atenção primária à saúde
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005133Resumo
OBJETIVO Analisar a evolução temporal da internação de idosos por condições sensíveis à atenção primária à saúde segundo sua estrutura, magnitude e causas. MÉTODOS Estudo transversal com base em dados do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde e do Sistema de Informação da Atenção Básica referentes a pessoas com idade entre 60 e 74 anos, residentes no estado do Rio de Janeiro. Foram calculadas a proporção e taxa de internações por condições sensíveis à atenção primária global e segundo diagnóstico mais prevalentes. Foram estimadas a cobertura da Estratégia de Saúde da Família e o número de consultas médicas realizadas por idosos na atenção primária. Para analisar o impacto dos indicadores nas internações foi realizado teste de correlação linear. RESULTADOS Encontrou-se acentuada redução das internações por condições sensíveis à atenção primária para todas as causas e grupos etários. Insuficiências cardíacas, doenças cerebrovasculares e pulmonares obstrutivas crônicas acumularam 50,0% das internações. Idosos com mais de 69 anos tiveram maior risco de internação por alguma dessas causas. Observou-se maior risco de internação entre os homens. Foi encontrada correlação negativa entre as internações e os indicadores de acesso à atenção primária. CONCLUSÕES A atenção primária em saúde no estado do Rio de Janeiro vem provocando impactos significativos na morbidade hospitalar da população idosa. Estudos das internações por condições sensíveis à atenção primária podem auxiliar na identificação das principais causas sensíveis à intervenção dos serviços de saúde, indicando quais ações são mais efetivas para a diminuição das internações e o aumento da qualidade de vida da população.Downloads
Publicado
2014-10-01
Edição
Seção
Prática de Saúde Pública
Como Citar
Marques, A. P., Montilla, D. E. R., Almeida, W. da S. de, & Andrade, C. L. T. de. (2014). Internação de idosos por condições sensíveis à atenção primária à saúde . Revista De Saúde Pública, 48(5), 817-826. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005133