Economia criativa na relação entre trabalho e cultura para a juventude
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v29i2p120-128Palavras-chave:
cultura, trabalho, economia, terapia ocupacional, Adolescente, Adulto jovemResumo
A racionalidade neoliberal produz reorientação do capitalismo que fomenta a precarização do trabalho, a responsabilização individual, o enfraquecimento do Estado, das políticas e dos direitos sociais. Com enfoque nas políticas culturais, a Economia Criativa e a profissionalização da criatividade têm sido universos de disputa discursiva e jogos de poderes que geram diversas dificuldades, mas também de resistências e estratégias. Este trabalho apresenta resultados de um programa universitário de Terapia Ocupacional no campo da Cultura, cujo objetivo foi compreender os processos de profissionalização de jovens no campo da cultura. Para tanto, foram realizados mapeamentos para identificação dos jovens (18 a 29 anos), trabalhadores no campo da cultura e atuantes no município no qual foi desenvolvida a pesquisa. Posteriormente, foram realizadas entrevistas com foco na identificação dos processos de trabalho, suas dificuldades e potências. Em seguida foram realizados encontros formativos abertos para os interessados. Por meio de seus relatos, foi possível verificar que o trabalho está submetido à precarização, flexibilização, individualização e mercadorização da cultura. Como estratégias de resistência os jovens artistas elaboram propostas buscando fortalecimento de redes, atividades colaborativas, significado e transformação social. Ressalta-se a necessidade de políticas culturais integradas entre as diferentes dimensões da cultura, a considerando como direito e intrínsecas aos processos de cidadania.