Os Sound Systems e os jovens das periferias de São Paulo: afirmando identidades e ampliando circuitos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v32i1-3pe204941Palavras-chave:
Juventude, Identidade social, Participação socialResumo
Introdução: Coletivos juvenis de periferias urbanas têm se constituído em torno de linguagens artísticas diversas e adquirido importância central na mediação das juventudes com a sociedade. Alguns se reúnem em torno dos Sound Systems de música reggae, que com a ocupação sonora de espaços públicos com caixas de som empilhadas e discos de vinil criam eventos culturais de rua. Objetivos: Conhecer os Sound Systems como atividade cultural, bem como suas repercussões no cotidiano de jovens que participam de coletivos que os promovem. Metodologia: Observações em eventos de Sound System e entrevistas com seletores de coletivos, interpretadas por análise temática. Resultados e discussão: Os coletivos se organizam na conjunção entre sonoridade, celebração e difusão de valores ligados à cultura negra. Para os seletores, o Sound System deve oferecer oportunidades de aprendizagem sobre a opressão histórica dos povos negros, bem como de fortalecimento da identidade e cultura negra. O pertencimento social, a elevação da autoestima e as oportunidades de aprendizagem pessoal foram mudanças associadas por eles à participação na cultura Sound System. Considerações finais: Os coletivos buscam ativamente produzir pontes entre o universo reggae jamaicano e as realidades dos jovens negros das periferias pobres da cidade de São Paulo, investindo no resgate da história e dos poderes agregadores da memória, da sonoridade, e de símbolos e mensagens da cultura reggae.
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