Perfil acadêmico e profissional dos egressos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade de Brasília
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v34i1-3e221730Palavras-chave:
Terapia Ocupacional, Perfil Profissional, Formação profissional, Prática ProfissionalResumo
RESUMO: Introdução: O processo de avaliação sobre o perfil dos estudantes formados tem sido uma preocupação institucional, porém há uma lacuna em relação aos caminhos percorridos pelos egressos. Objetivo: Traçar o perfil acadêmico e profissional de terapeutas ocupacionais egressos do curso de graduação em Terapia Ocupacional da Universidade de Brasília. Método: Estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa que envolveu 83 egressos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade de Brasília. Responderam a um questionário online sobre aspectos socioeconômicos, formação e experiência profissional. Resultados e discussão: A maioria da amostra é composta por mulheres cisgênero (n=67; 80,72%), com remuneração profissional entre 2 e 10 salários-mínimos (n=70; 84,34%), que realizaram cursos livres (n=61; 41,50%), com formação recente. Tais resultados reforçam a predominância feminina na profissão e sugerem que o nível de formação e o tempo de experiência profissional podem influenciar a remuneração. A maioria da amostra atua em categorias informais de trabalho (PJ, prestador de serviço e autônomo), em clínicas/consultórios, junto ao público infantil de 0 a 12 anos, o que implica em questões de direitos trabalhistas e revela um perfil profissional. Considerações finais: Compreender a realidade dos egressos do curso de Terapia Ocupacional pode contribuir para reflexões sobre aspectos formativos teóricos e práticos da profissão.
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