Grupos de meditação, grupalidade e terapia ocupacional: análise de uma experiência em contexto universitário
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v34i1-3e221796Palavras-chave:
Meditação, Universidades, Promoção da Saúde, Grupos de Encontro, Terapia OcupacionalResumo
Introduction: Meditation integrates perception, self-knowledge, and consciousness. It is considered an integrative practice that can contribute to the promotion of health in the university and to the professional practice of occupational therapy. Objectives: to analyze the production of groupality and learning, according to the references of Operative Group (Pichon-Rivière) and T-Group (Rogers), in a meditation initiative at a Brazilian public university. Methodology: a qualitative study with an autobiographical approach was developed, with systematization of experience from 2018 to 2023 and theoretical analysis. Results: in each meeting, care was taken about the ambience, reception, meditation practice, and sharing moments. Responsibility in conducting the meeting, persistence and the academic support favored the longitudinality of the action. Discussion: Meetings aimed at a common referential scheme. Meditation was an explicit task, and self-knowledge was the implicit task. Regarding learning, aspects of care were identified (environment, relevance, sharing and cooperation) that contributed to the process. Development of empathy, congruence, and acceptance guided coordination to intuitive action. Conclusion: Bond and coordination styles are essential for groupality. Occupational therapy can help integrate meditation into life experiences. Meditation can be integrated into everyday life as a healthcare strategy.
Downloads
Referências
Brasil (Ministério da Saúde). Portaria ministerial n. 849, de 27 de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Diário Oficial da União. 2017;60(1):68. https://www.in.gov.br/materia/-/
asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/20127859/do1-2017-03-28-portaria-n-849-de-27-de-marco-de-2017-20127668
Carpena MX, Menezes CB. Efeito da Meditação Focada no Estresse e Mindfulness Disposicional em Universitários. Psic: Teor e Pesq. 2018;34:e3441. https://doi.org/10.1590/0102.3772e3441
Araujo AC, Santana CLA, Kozasa EH, Lacerda SS, Tanaka LH. Efeitos de um curso de meditação de atenção plena em estudantes da saúde no Brasil. Acta Paul Enferm. 2020;33:eAPE20190170. https://doi.org/10.37689/acta-ape/2020AO0170
Schuh LM, Cabral FB, Hildebrandt LM, Cosentino SF, Colomé ICDS. Meditação: uma estratégia de cuidado em saúde para estudantes universitários. Rev Enferm UFSM. 2021;11:e9. https://doi.org/10.5902/2179769243156
Furlan PG, Lambais G. Por que meditar? Benefícios e aspectos subjetivos para a continuidade da prática por estudantes universitários. Saúde. 2022;48(1). https://doi.org/10.5902/2236583469152
Lantyer AS, Varanda CC, Souza FG, Padovani RC, Viana MB. Ansiedade e Qualidade de Vida entre Estudantes Universitários Ingressantes: Avaliação e Intervenção. RevBras Ter Comp Cogn. 2016;18(2):4-19. https://rbtcc.com.br/RBTCC/article/view/880
Souza D. Condições emocionais de estudantes universitários: estresse, depressão, ansiedade, solidão e suporte social [dissertação]. Uberaba: Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Departamento de Psicologia; 2017. http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/507
Ariño DO, Bardagi MP. Relação entre Fatores Acadêmicos e a Saúde Mental de Estudantes Universitários. Rev Psicol Pesqui. 2018;12(3):44-52. https://periodicos.ufjf.br/index.php/psicologiaempesquisa/article/view/23791
Barros RN, Peixoto ALA. Integração ao ensino superior e saúde mental: um estudo em uma universidade pública federal brasileira. Avaliação. 2022;27(3):609-31. https://doi. org/10.1590/S1414-40772022000300012
Menezes CB, Fiorentin B, Bizarro L. Meditação na universidade: a motivação de alunos da UFRGS para aprender meditação. Psicol Esc Educ. 2012;16(2):307-15. https://doi.org/10.1590/S1413-85572012000200014
Fernández K, Kühn J, López C, Moraga M, Ortega P, Morrison R. Meditación: análisis crítico de la experiencia de jóvenes universitarios en su vida cotidiana y salud. Cad Bras Ter Ocup. 2019;27(4):765-75. -https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1674
Furlan PG, Kayasima C. Percepções subjetivas de mudanças de vida atribuídas à prática da meditação por estudantes universitários. Vivencias. 2021;17(34):257-72. https://doi.org/10.31512/vivencias.v17i34.527
Associação Americana de Terapia Ocupacional. Estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio & processo. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2015;26(ed. esp.):1-49. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v26iespp1-49
Lima EMFA. Atividades, mundo comum e formas de vida: contribuições do pensamento de Hannah Arendt para a terapia ocupacional. Cad Bras Ter Ocup. 2020;28(3):1037-50. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoARF1995
Maximino V, Liberman F. Grupos e Terapia Ocupacional – Formação, pesquisa e ações. São Paulo: Summus, 2015.
Galetti MC. Oficina em saúde mental: instrumento terapêutico ou intercessor clínico?. Goiânia: UCG, 2004.
Ribeiro MC, Chaves J, Silva R, Pereira T. O grupo de Terapia Ocupacional na Saúde Mental: a atividade como potencializadora de sociabilidade e protagonismo. RPS. 2017;6(7):99-113. https://revistas.cesmac.edu.br/psicologia/article/view/763
Furlan P. O caso “grupo terapêutico”, os grupos de encontro e a clínica na Atenção Básica à Saúde. In: Maximino V, Liberman F. Grupos e Terapia Ocupacional – Formação, pesquisa e ações. São Paulo: Summus; 2015, p. 275-88.
Nicolau S. Grupos na atenção básica: enraizar-se em uma comunidade. In: Maximino V, Liberman F. Grupos e Terapia Ocupacional – Formação, pesquisa e ações. São Paulo: Summus; 2015, p. 264-74.
Souza J, Almeida MH, Batista M, Toldrá R. Abordagem grupal em terapia ocupacional com adultos e idosos no contexto da hospitalização. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2022;32(1-3):e205130. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v32i1- 3pe205130
Mattos E, Francisco I, Pereira GC, Novelli MM. Grupo virtual de apoio aos cuidadores familiares de idosos com demência no contexto da COVID-19. Cad Bras Ter Ocup. 2021;29:e2882. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoRE2201
Ferrari SM, Pywell S, Costa AL, Marcolino T. Grupos de terapia ocupacional em telessaúde na pandemia de Covid-19: perspectivas de um Hospital-Dia de Saúde Mental. Cad. Bras. Ter. Ocup. 2022; 30:e3019. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoRE22883019
Costa S. Prefácio. In: Maximino V, Liberman F. Grupos e Terapia Ocupacional – Formação, pesquisa e ações. São Paulo: Summus; 2015, p. 7-9.
Goodman V, Wardrope B, Myers S, Cohen S, McCorquodale L, Kinsella EA. Mindfulness and human occupation: A scoping review. Scand J Occup Ther. 2018;26(3). https://doi.org/10.1080/11038128.2018.1483422
Luken M, Sammons A. Systematic Review of Mindfulness Practice for Reducing Job Burnout. Am J Occup Ther. 2016;70(2). http://dx.doi.org/10.5014/ajot.2016.016956
Baremblitt B. Grupos: teoria e técnica. 2ed. Rio de Janeiro: Graal; 1986.
Pichon-Rivière E. O processo grupal. 8ed. São Paulo: WMF Martins Fontes; 2009.
Rogers C. Grupos de encontro. 8ed. São Paulo: WMF Martins Fontes; 2002.
Abrahão MHMB. Memória, narrativas e pesquisa autobiográfica. Rev His Educ. 2012;7(14):79-95. https://seer.ufrgs.br/index.php/asphe/article/view/30223
Oliveira VM, Satriano CR. Narrativa autobiográfica do próprio pesquisador como fonte e ferramenta de pesquisa. Linhas Crít.
;23(51):369-86. https://doi.org/10.26512/lc.v23i51.8231
Morais JS, Bragança IFS. Pesquisa formação narrativa (auto) biográfica: da tessitura de fontes aos desafios da interpretação
hermenêutica. Educ rev. 2021;37:e75612. https://www.scielo.br/j/er/a/TqzVDqkfbX3hb7HbhB9T3kw/
Bastos ABBI. A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicol inf. 2010;14(14):160-169. https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
Kirschenbaum H. Carl Rogers’s Life and Work: An Assessment on the 100th Anniversary of His Birth. J Couns Dev. 2014;82(1):116-24. https://doi.org/10.1002/j.1556-6678.2004.tb00293.x
Tolle E. Um novo mundo: O despertar de uma nova consciência. Rio de Janeiro: Sextante; 2007.
Tolle E. O Poder do Agora: um guia para a iluminação espiritual. Rio de Janeiro: Sextante; 2000.
Williams M, Penman D. Atenção Plena: como encontrar paz em um mundo frenético. Rio de Janeiro: Sextante; 2015.
Neff K, Germer C. Manual de Mindfulness e Autocompaixão: um guia para construir forças internas e prosperar na arte de ser seu melhor amigo. Porto Alegre: Artmed; 2019.
Hanson R. O cérebro de Buda: neurociência prática para a felicidade. São Paulo: Alaúde; 2012.
Ponlop D. Resgate Emocional: como trabalhar com suas emoções e transformar o sofrimento e a confusão em energia. Rio de Janeiro: Lúcida Letra; 2018.
Wallace BA. Felicidade Genuína: Meditação Como o Caminho Para a Realização. Rio de Janeiro: Lúcida Letra; 2015.
Palmo JT. No Coração da Vida: sabedoria e compaixão para o cotidiano. Rio de Janeiro: Lúcida Letra; 2011.
Shaw S. Pranayama: A Respiração para Revitalização Energética. Rio de Janeiro: Nova era; 2007.
Lambais G. Meditação, grupos e terapia ocupacional: uma abordagem autobiográfica do Projeto Presença [trabalho de
conclusão de curso]. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Terapia Ocupacional; 2023. https://
repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/19083 .
Maximino V, Liberman F. Cenas em formação: buscando na prática os pressupostos para o que fazemos com grupos. In: Maximino V, Liberman F. Grupos e Terapia Ocupacional – Formação, pesquisa e ações. São Paulo: Summus Editorial; 2015, p. 10-26.
Nicolau KW, Furlan PG, Silva P. Promoção de saúde como processo coletivo: os grupos em questão. In: Giacomozzi AI, Schneider DR, Lopes FM, Menezes M. Promoção da SaúdeMental no Brasil – Aspectos teóricos e práticos. São Paulo: Vetor Editora; 2023, p. 55-69.
Merhy E. Saúde: a cartografia do trabalho vivo. 2ed. São Paulo: Hucitec; 2005.
Coelho MO, Jorge MSB. Tecnologia das relações como=dispositivo do atendimento humanizado na atenção básica à saúde na perspectiva do acesso, do acolhimento e do vínculo.Ciênc saúde coletiva. 2009;14:1523-31. https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000800026
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Paula Giovana Furlan, Gabriela Lambais

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.