Um diálogo entre Dostoiévski, Agostinho de Hipona e Allan Kardec: uma possível via crucis para a cicatrização do espírito?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.2017.127996Palavras-chave:
Dostoiévski, Ivan Karamázov, Agostinho de Hipona, Allan Kardec, bondade de Deus, mal no mundo, cicatrização do espíritoResumo
O artigo estabelece um diálogo entre (i)[tese] as diatribes de Ivan Karamázov, personagem do romance Os irmãos Karamázov (1878-80), de Fiódor Dostoiévski (1821-1881), em relação à coexistência escatológica de um Criador sumamente bom e a maldade que permeia a criação; (ii)[antítese] a ressignificação teológico-filosófica da natureza do mal e da liberdade realizada por Agostinho de Hipona (354 d.C.-430 d.C.), em suas Confissões (397-398 d.C.); e (iii)[(uma tentativa de) síntese] as noções de pluralidade de existências, reencarnação e cicatrização do espírito a partir de O livro dos espíritos (1857) e O evangelho segundo o espiritismo (1864), de Allan Kardec (1804-1869), o codificador da doutrina espírita.
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