A angústia de ser e o tédio de existir: delírio, fragilidade e a queda das ilusões transcendentes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.234430Palavras-chave:
Angústia existencial, Dostoiévski, Cioran, Tédio, DelírioResumo
Este artigo analisa a angústia existencial nas obras de Fiódor Dostoiévski e sua relação com o pensamento de Emil Cioran, destacando a angústia advinda do despertar existencial. Por meio de análise literária de Crime e Castigo, demonstra-se como personagens como Raskólnikov busca transcender sua mediocridade humana através de atos extremos, fracassando ao confrontar a realidade de sua condição finita. A angústia emerge como uma crise identitária, expondo a contradição entre aspirações grandiosas e fragilidade humana. Em diálogo com Cioran, o artigo explora a dinâmica entre tédio (vazio existencial) e delírio (fuga por projetos utópicos), revelando que a busca por sentido amplia o desespero. Conclui-se que a angústia, em ambos os autores, é paradoxal: sofrimento inevitável, mas também caminho para a lucidez sobre a precariedade da existência, desafiando o indivíduo a reconstruir significados sem ilusões transcendentes.
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Referências
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