Fertirrigação mineral e organomineral na qualidade do melão cultivado em estufa

Resumo

A fertilização do melão ainda apresenta incertezas em relação ao tipo de fertilizante utilizado, principalmente quando se utilizam os biofertilizantes. Com o objetivo de monitorar a fertirrigação com fertilizante organomineral comparando-a com a fertirrigação convencional, este experimento avaliou a qualidade final do melão variedade "Orange Flesh", cultivado em estufa plástica. O experimento foi instalado em Uberaba, MG, em condições de ambiente protegido, num módulo de 768 m², onde foram aplicados os seguintes tratamentos: fertirrigação convencional mineral e fertirrigação com biofertilizante, em duas freqüências: semanal e diária. As melhores produtividades foram obtidas com a aplicação diária de fertilizantes, com superioridade para os produtos organominerais, com produção total de 45,5 t ha-1 de frutos, superior às 42,4 t ha-1 obtidas com os produtos químicos. A fertirrigação semanal resultou em produtividades inferiores às decorrentes das aplicações diárias, sendo que os produtos organominerais superaram os químicos nesse tipo de aplicação em 2 t ha-1, em média. Os maiores valores de sólidos solúveis totais foram obtidos com a aplicação diária de fertilizantes, em que o melhor tratamento (P < 0,05) foi o relativo à fertirrigação orgânica diária, com valores médios de teor de sólidos solúveis de 13,6° Brix, seguido pelo fertirrigação química diária, com valores médios de teores de sólidos solúveis de 12,52° Brix. Não foram verificadas diferenças entre os tratamentos para as variáveis espessura de polpa e pH dos frutos. Com relação à espessura de casca, constatou-se ligeira superioridade dos tratamentos organominerais, quando comparados aos químicos, característica marcante da aplicação de fontes orgânicas na nutrição das culturas. Em termos de teor de proteína dos frutos, não foram verificadas diferenças entre os tratamentos.