Relações hídricas de videiras cultivadas no Vale do São Francisco sob diferente porta-enxertos e estratégias de irrigação

Autores

  • Claudia Rita de Souza IAPAR
  • Luís Henrique Bassoi Embrapa Semi-Árido
  • José Moacir Pinheiro Lima Filho Embrapa Semi-Árido
  • Fabrício Francisco Santos da Silva Embrapa Semi-Árido
  • Leandro Hespanhol Viana UENF; CCTA
  • Barbara França Dantas Embrapa Semi-Árido
  • Maiane Santos Pereira Embrapa Semi-Árido
  • Paula Rose de Almeida Ribeiro Embrapa Semi-Árido

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-90162009000400002

Palavras-chave:

Vitis vinifera L., irrigação parcial das raízes, irrigação com deficit, condutância estomática

Resumo

Existe aumento na demanda por vinhos de alta qualidade no Vale do São Francisco, nova região produtora de vinhos no Brasil. Como a qualidade da uva depende do estado hídrico da videira, o conhecimento dos efeitos do porta-enxerto e do manejo de irrigação sobre as relações hídricas da videira é essencial para otimizar a produção e qualidade da uva. Sendo assim, avaliou-se a influência de porta-enxertos e estratégias de irrigação sobre as relações hídricas e o vigor vegetativo de videiras cultivadas em Petrolina, PE. Duas variedades copa, 'Moscato Canelli' e 'Syrah', enxertadas sobre IAC 572 e 1103 Paulsen foram submetidas a duas estratégias de irrigação: irrigação com deficit, na qual a irrigação foi suspensa após o início da maturação; e irrigação parcial das raízes, em que a água foi aplicada (100% da evapotranspiração da cultura) após o pegamento dos frutos, em apenas metade do sistema radicular, alternando os lados periodicamente (24 dias). Em geral, todos os tratamentos apresentaram valores de potencial hídrico foliar de base superiores a -0,2 MPa, indicando ausência de estresse hídrico. O estado hídrico da videira foi mais afetado pela porta-enxerto que pelos tratamentos hídricos. Os dois cultivares enxertadas sobre o IAC 572 apresentaram os maiores valores de potencial hídrico foliar, medido ao meio dia, e de potencial hídrico do caule, medido em folhas 1 hora após o acondicionamento em saco plástico e papel alumínio. Nos dois cultivares, a condutância estomática (g s), transpiração (E) e índice de área foliar (IAF) foram mais afetados pelos porta-enxertos que pelos tratamentos de irrigação. Os cultivares enxertados sobre IAC 572 apresentaram maiores g s, E e IAF em relação às enxertadas sobre o 1103 Paulsen. O elevado vigor vegetativo das cultivares foi provavelmente devido ao efeito do IAC 572 sobre a condutividade hidráulica das folhas e à maior absorção de água pelo sistema radicular deste porta-enxerto.

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Publicado

2009-08-01

Edição

Seção

Construções Rurais

Como Citar

Relações hídricas de videiras cultivadas no Vale do São Francisco sob diferente porta-enxertos e estratégias de irrigação . (2009). Scientia Agricola, 66(4), 436-446. https://doi.org/10.1590/S0103-90162009000400002