Chamada para submissões Dossiê Espacialidades e Visualidades na Cena Expandida

2023-05-24

Chamada para a revista Sala Preta (Vol.22, n.3, 2023)

Submissões até 23 de julho

 

ESPACIALIDADES E VISUALIDADES NA CENA EXPANDIDA



Movida pelo desejo de homenagear o artista e professor Marcelo Denny, que faleceu em agosto de 2020, a Revista Sala Preta lança chamada para contribuições a este dossiê evocando temas que dialogam com seu legado no que se refere às espacialidades e visualidades da cena expandida. Submissões para o Dossiê Espacialidades e Visualidades na Cena Expandida serão recebidas até 23 de julho

 

Ao longo de seus mais de vinte anos de contribuição no Departamento de Artes Cênicas da USP, Marcelo Denny foi pesquisador e membro do PPGAC e um dos fundadores e coordenadores do Laboratório de Práticas Performativas, desde 2010. Por três décadas, atuou em diversas funções no teatro, na performance e nas artes visuais, como diretor artístico, cenógrafo, figurinista, artista plástico, curador e performer. Sua investigação na cena em campo expandido foi reconhecida nacional e internacionalmente, tendo recebido mais de 40 prêmios em festivais de teatro pelo Brasil, além de ter participado de diversos festivais internacionais de teatro e performance urbana. 

 

O legado de Marcelo Denny inspira a observação da cena e das práticas performativas em suas múltiplas possibilidades, particularmente no que se refere à criação de espacialidades e visualidades. Nessa perspectiva, a Sala Preta incentiva a produção de textos sobre expressões artísticas que colaborem para a expansão das possibilidades espaciais e visuais na criação cênica e performativa, assim como textos reflexivos e críticos sobre seu trabalho com o Desvio Coletivo e o Teatro da Pomba Gira. Não é em vão que se opta por escrever espacialidades e visualidades no plural, pois a intenção deste número é refletir sobre a amplitude de visões produzidas pelas manifestações artísticas recentes. Seja pelo uso de espaços não convencionais e de projeções de imagens que multiplicam os corpos e as possibilidades de convívio, seja pela criação de efeitos de presença, nota-se na cena atual uma tendência a aproximar-se de outras linguagens artísticas, instaurando hibridismos e interfaces. Diante da riqueza de possibilidades revelada pelo uso das novas tecnologias, os artistas da cena e da performance também se perguntam: o que podem os corpos? 

 

Interessa ao presente número analisar as espacialidades e visualidades das cenas e das práticas performativas, refletindo sobre o quanto elas encontram ecos tanto no campo político, quanto no campo do pensamento sobre o momento histórico no qual estamos imersos. Falar em cena expandida possibilita uma ampliação das esferas de pesquisa, incorporando ações cênicas e performativas dentro e fora das salas de espetáculo, em deslocamento pelas ruas, na forma de intervenções urbanas, instalações cênicas, arte digital e em diálogo com o real. 

 

Os tópicos apresentados a seguir apontam abordagens possíveis para o tema, sem prejuízos de outras formulações:

  • Cenografias digitais na composição de cenas. 
  • Os efeitos de presença na cena contemporânea: uso de dispositivos para fazer presentes corpos e vozes ausentes.
  • O uso de projeções de imagens e suas relações com os corpos na cena e na performance.
  • Artes cênicas e performativas fora dos espaços convencionais: experiências na rua, em arquiteturas específicas, em deslocamento, em espaços de resistência social e política.
  • Implicações sociais, políticas, técnicas e estéticas das Artes Cênicas no espaço urbano e público.
  • As relações entre espaços e elementos cenográficos: aspectos técnicos e estéticos.
  • As relações entre diferentes espaços e o desenho de luz.
  • Espacialidades e Visualidades em intervenções urbanas.
  • A elaboração de composições cenográficas na relação com seus processos e procedimentos de criação.
  • A importância dos objetos e adereços no pensamento estético de uma obra.
  • Relações entre a criação cênica e a operação técnica na encenação contemporânea.
  • Arquiteturas do corpo e a expansão da noção de figurino.
  • Corpos expandidos e cena: mascaramentos, próteses, pinturas corporais e outras extensões do corpo.
  • Práticas e implicações pedagógicas para pensar outras espacialidades e visualidades.




A Revista Sala Preta aceita artigos, entrevistas, críticas,  resenhas e traduções que se vinculem conceitualmente ao campo das artes cênicas em campo expandido. As submissões devem estar de acordo com os padrões do periódico. Serão aceitos materiais originais (não publicados) e a avaliação é feita pelo sistema duplo-cego. A Revista é de livre acesso para autores e leitores e não cobra taxas de submissão ou publicação.

 

Além do dossiê, a revista publica artigos sem restrição temática, recebidos em fluxo contínuo, e considerados e avaliados junto de cada ciclo editorial. Os artigos de tema livre recebidos até dia 23/julho serão considerados para a publicação no N.3 do Vol.22 da revista, fora do dossiê temático. Textos enviados após esse prazo serão considerados no ciclo editorial seguinte.

 

Maiores informações podem ser encontradas em nosso website, https://www.revistas.usp.br/salapreta; onde nossas diretrizes podem ser visualizadas.