Crítica de arte no primeiro romantismo alemão e produção de subjetividade
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v16i2p57-72Palavras-chave:
Crítica de arte, Friedrich Schlegel, Primeiro Romantismo alemão, Produção de subjetividade.Resumo
Neste texto sustento que certa noção de crítica de arte proposta por Friedrich Schlegel e pelos primeiros românticos alemães merece uma oportuna retomada, tendo em vista o problema da produção de subjetividade. Começo por delinear a concepção de crítica de Schlegel, tal como é discutida por Walter Benjamin em O Conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão (1920). Neste movimento expositivo destaco três aspectos da referida noção de crítica: o caráter imanente dos critérios de apreciação do trabalho artístico; a dimensão de preparação do núcleo prosaico da obra; e o sentido positivo, criativo e de restituição da obra individual à infinitude da arte do gesto crítico. Concluo procurando articular a noção de crítica com a noção de “simpoesia”, presente na reflexão de Schlegel e de outros primeiros românticos, sustentando que essas noções podem contribuir para um vocabulário e um discurso de resistência no quadro da produção massiva de subjetivação e de dessubjetivação contemporâneas.
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Referências
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