A pulsão performativa de Jaceguai: 50 anos de Roda Viva, 50 anos do “teatro agressivo”

Autores

  • Biagio Pecorelli Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v18i1p55-71

Palavras-chave:

Roda Viva, Teatro Oficina, performance, teatro agressivo

Resumo

Assim como a encenação de O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, pelo Teatro Oficina em 1967 representa um marco para o moderno teatro brasileiro, Roda Viva, escrita por Chico Buarque de Hollanda e encenada por José Celso Martinez Corrêa em 1968, constitui um capítulo fundamental para o estudo da performatividade brasileira nos palcos. Este artigo celebra os 50 anos de uma pulsão performativa de Jaceguai, apontando, com base em documentos jornalísticos da época, que aquilo que parte da crítica teatral chamou de “teatro agressivo” – em particular, o crítico Anatol Rosenfeld – era, no Brasil, um canto de nascimento de um novo campo disposto à análise: o da performance.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Biagio Pecorelli, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Doutorando do PPG em Artes Cênicas pela Escola de
    Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP)

Referências

ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

CAVALCANTI, Johana de Albuquerque. Teatro experimental (1967/1978): pioneirismo e loucura à margem da agonia da esquerda. São Paulo: USP, 2012. 256f. (Tese de doutorado), Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas ECA/USP, São Paulo, 2012.

COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2002.

CORRÊA, José Celso Martinez. Primeiro ato: cadernos, depoimentos, entrevistas (1958-1974). São Paulo: Editora 34, 1998.

__________. A guinada de José Celso. São Paulo: 1968. In: Civilização Brasileira. São Paulo, jul., 1968. Entrevista concedida a Tite Lemos.

DIONYSOS. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro, 1982. Número especial sobre o Teatro Oficina.

FISCHER-LICHTE, Erika. Reality and fiction in contemporary theatre. In: BOROWSKI, Mateusz e SUGIERA, Malgorzata (ed.). Fictional realities/Real fictions. Newcastle: Cambridge Scholars Publishing, 2007, p. 13 - 28.

___________. The transformative power of performance: a new aesthetics. New York: Routledge, 2008.

___________. The Routledge introduction to Theatre and Performance Studies. New York: Routledge, 2008.

GUINSBURG, Jacó. Anatol Rosenfeld e o irracionalismo. In: Revista USP. São Paulo: Coordenadoria de Comunicação Social da Universidade de São Paulo, p. 16, set./out./nov., 1991.

PECORELLI, Biagio. A pulsão performativa de Jaceguai: aproximações e distanciamentos entre o campo artístico da performance e a prática cênica do Teat(r)o Oficina nos espetáculos Macumba Antropófaga e Acordes. 2014. 192f.

Dissertação de Mestrado. Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, 2014.

ROSENFELD, Anatol. Texto/Contexto. São Paulo: Perspectiva, 1976.

___________. O teatro épico. São Paulo: Perspectiva, 2001.

___________. Nietzsche e o irracionalismo. In: Revista USP. São Paulo: Coordenadoria de Comunicação Social da Universidade de São Paulo, p. 8, set./out./nov., 1991.

___________. Prismas do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000.

SILVA, Armando Sérgio. Oficina: do teatro ao te-ato. São Paulo: Perspectiva, 1981.

Downloads

Publicado

2018-06-30

Edição

Seção

BRASIL

Como Citar

Pecorelli, B. (2018). A pulsão performativa de Jaceguai: 50 anos de Roda Viva, 50 anos do “teatro agressivo”. Sala Preta, 18(1), 55-71. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v18i1p55-71