Escavações, evocações e invocações… ou como lidar com os buracos na terra batida
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v22i1p152-174Palavras-chave:
Morte, Cena contemporânea, Performance, CriseResumo
Em um momento de crise radical ocasionada pela pandemia da covid-19, frente às muitas covas abertas para enterrar pessoas cujas mortes não podiam sequer serem ritualizadas, um grupo de quatro artistas-docentes, de distintas instituições, questionam-se sobre seus próprios buracos – os buracos da história, dos corpos, da matéria viva. A experiência em uma mesa de debate com contornos performáticos se desdobra neste artigo, que por meio de uma escrita coletiva e performativa, tem como matéria de investigação as artes da cena de nosso tempo, entre o paradoxo da presença e da ausência, marcadas tanto pelos impactos políticos quanto por sua capacidade de não perder o poder de magia, que lhe conectam a outros mundos.
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