Poéticas da encruzilhada: Capoeira no jogo da cena

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v23i3p111-139

Palavras-chave:

Poéticas Negras, Capoeira Angola, Práticas Decoloniais

Resumo

Este artigo é uma discussão sobre a relação entre Capoeira Angola e artes da cena, a partir da experiência do Núcleo Coletivo 22 (GO) e do Grupo Batakerê (SP), considerando, sobretudo, suas relações com o Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô. Neste debate, a noção de encruzilhada e de práticas decoloniais abrem o jogo entre os dois grupos, na roda da Capoeira Angola, para a reflexão sobre performatividades negras e periféricas.

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Biografia do Autor

  • Marlini de Lima, Universidade Federal de Goiás

    Docente da Universidade Federal de Goiás (UFG), dos cursos de Licenciatura em Dança e no Programa de Pós-graduação em Artes da Cena, doutora pela Universidade de Brasília (UnB), membro e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Investigação Cênica Coletivo 22, e intérprete-criadora do Núcleo Coletivo 22. Capoeirista do Espaço Cultural Águas de Menino, vinculado ao Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô. Diretora artística do Grupo de Dança Diversus, vinculado ao Laboratório de Práticas Inclusivas PRAMIGO.

  • Renata Kabilaewatala, Universidade Federal de Goiás

    Docente na Universidade Federal de Goiás (UFG). Bolsista produtividade CNPq (PQ-2). Doutora em Artes  pela Universidade de Campinas (Unicamp). Diretora Artística do Núcleo Coletivo 22. Dikota de Candomblé Angola na Tumba Nzo Ana Nzambi Junsara. Capoeirista do Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô e coordenadora do Espaço Cultural Águas de Menino.

  • Jordana Dolores Peixoto, Universidade Federal de Goiás

    Doutoranda e mestra em Performances Culturais pela Universidade Federal de Goiás (UFG), onde atualmente realiza a pesquisa “Processos criativos em Performance Negra Narrativa: a voz e as histórias dos arcos musicais em África e na diáspora”, sob orientação da Profa. Dra. Renata Kabilaewatala. Bolsista FAPEG e CAPES (doutorado sanduíche). Atriz e contadora de histórias, fundadora do Núcleo Histórias de Comadres e intérprete-criadora do Núcleo Coletivo 22. Capoeirista do Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô.

  • Claúdia Cardoso Barreto, Secretaria de Educação do Estado de Goiás

    Professora de Dança na rede estadual de  Educação do Estado de Goiás. Mestre em Artes da Cena pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Docente Bolsista Pibid/UFG. Intérprete -Criadora do Núcleo Coletivo 22.

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Publicado

2024-12-26

Edição

Seção

DOSSIÊ PERFORMATIVIDADES NEGRAS

Como Citar

Lima, M. de ., Kabilaewatala, R., Peixoto, J. D., & Barreto, C. C. (2024). Poéticas da encruzilhada: Capoeira no jogo da cena. Sala Preta, 23(3), 111-139. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v23i3p111-139