O Baiar do Velho: corpografias de um vodum afro-maranhense como reverberação criativa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v23i3p94-110Palavras-chave:
Corpo Negro, Baiar, Tambor de Mina, Dança Afro, Criação CênicaResumo
Este artigo propõe articular reflexões sobre o corpo negro, a religião afro-maranhense e a dança afro, a partir do processo criativo do artista que se inspira em mitos e rituais do vodum Toy Acóssi, que baia no Tambor de Mina, e cruza seus movimentos para uma poética autobiográfica que delineia a criação da performance Jinõn. As narrativas compartilhadas aqui permeiam uma corpografia criativa que coabita as matrizes culturais afrodiaspóricas maranhenses e estende ao espaço da cena a ligação entre o sagrado, a matéria e o invisível, o contemporâneo e a tradição, os quais relacionam de forma atemporal a conexão afro que penetra as raízes ancestrais do dançar de um artista e a sua escrita.
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