O Baiar do Velho: corpografias de um vodum afro-maranhense como reverberação criativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v23i3p94-110

Palavras-chave:

Corpo Negro, Baiar, Tambor de Mina, Dança Afro, Criação Cênica

Resumo

Este artigo propõe articular reflexões sobre o corpo negro, a religião afro-maranhense e a dança afro, a partir do processo criativo do artista que se inspira em mitos e rituais do vodum Toy Acóssi, que baia no Tambor de Mina, e cruza seus movimentos para uma poética autobiográfica que delineia a criação da performance Jinõn. As narrativas compartilhadas aqui permeiam uma corpografia criativa que coabita as matrizes culturais afrodiaspóricas maranhenses e estende ao espaço da cena a ligação entre o sagrado, a matéria e o invisível, o contemporâneo e a tradição, os quais relacionam de forma atemporal a conexão afro que penetra as raízes ancestrais do dançar de um artista e a sua escrita.

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Biografia do Autor

  • Vinicius Viana Ferreira, Universidade Federal da Bahia

    Doutorando na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pesquisa em andamento no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas, com a linha “Tradições, Contemporaneidades e Pedagogias da Cena”, orientado pela profa. Dra. Heloise Domenicci. Bolsista pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia. Dançarino, ator, professor, coreógrafo e encenador.

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Publicado

2024-12-26

Edição

Seção

DOSSIÊ PERFORMATIVIDADES NEGRAS

Como Citar

Ferreira, V. V. (2024). O Baiar do Velho: corpografias de um vodum afro-maranhense como reverberação criativa. Sala Preta, 23(3), 94-110. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v23i3p94-110