O esticar de formas dramatúrgicas em proposições para um público-participante: Um estudo das peças Manifesto Transpofágico, Azira’i – um musical de memórias e Hoje não saio daqui
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v24i3p7-34Palavras-chave:
dramaturgia contemporânea, dramaturgia brasileira, dramaturgia decolonialResumo
Este estudo tem como premissa investigar formas dramatúrgicas que comportam em suas estruturas jogos performativos, aberturas da experiência cênica para o acaso, levando em conta a relação com um público-participante corresponsável pela cena. Tais proposições serão analisadas a partir de três peças brasileiras contemporâneas: Manifesto Transpofágico (2021), de Renata Carvalho, Azira’i – um musical de memórias (2024), de Zahy Tentehar e Duda Rios, e, Hoje não saio daqui (2020), da Cia Marginal e Jô Bilac. Textos escritos majoritariamente por autores-atores para seus próprios corpos, levando em conta suas identidades dissidentes. Partindo de pressupostos autoficcionais e fabulações críticas, tais vozes acessam estruturas sociais maiores contribuindo para a cena decolonial.
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