O lugar da peça O homem e o cavalo no pensamento antropofágico de Oswald de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v18i1p35-54Palavras-chave:
Teatro de Oswald de Andrade, O homem e o cavalo, antropofagia, matriarcado, Revolução SocialistaResumo
O artigo procura situar a peça O homem e o cavalo, de Oswald de Andrade, escrita em 1933, no percurso das transformações do pensamento antropofágico oswaldiano, revisitando o debate sobre estética e política no âmbito do modernismo brasileiro e da produção de Oswald de Andrade nos anos 1930 e nas teses dos anos 1950. O texto analisa a tensa relação entre antropofagia, matriarcado e marxismo, numa abordagem, na peça, que aponta para a construção de uma nova sociedade, sem divisão de classes e dogmas religiosos, sob os preceitos da igualdade, da técnica e da socialização da produção.
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