Trâmites éticos, ética e burocracia em uma experiência de pesquisa com população indígena

Autores/as

  • Christine Ranier Gusman Universidade Federal do Tocantins
  • Douglas Antonio Rodrigues Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Medicina Preventiva
  • Wilza Vieira Villela Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Medicina Preventiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0104-12902016161862

Resumen

A partir de uma experiência vivenciada durante uma pesquisa de doutorado, pretende-se discutir os trâmites burocráticos da pesquisa social no Brasil e algumas implicações práticas. São levantadas questões como o lugar e o poder decisório concedido (ou não) ao indivíduo ou povo indígena, bem como reflexões acerca das resoluções da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, sua aplicabilidade e a (in)adequação dos formulários e modelos para as pesquisas de caráter social. Este artigo levanta as questões éticas, analisando os fluxos operacionais dos e entre os órgãos que normatizam pesquisas com indígenas e inclui reflexões sobre como o rastro deixado pela condição tutelar de povos indígenas ainda baliza as normativas em pesquisa. Pretende-se, ao compartilhar a experiência, contribuir para o debate das implicações éticas nas situações em que a neutralidade é substituída pelo vínculo, bem como desmistificar a ideia de que a simplificação de processos excessivamente burocráticos seja uma ameaça aos preceitos éticos.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Publicado

2016-12-01

Número

Sección

Original research articles

Cómo citar

Gusman, C. R., Rodrigues, D. A., & Villela, W. V. (2016). Trâmites éticos, ética e burocracia em uma experiência de pesquisa com população indígena . Saúde E Sociedade, 25(4), 930-942. https://doi.org/10.1590/s0104-12902016161862