Saúde é colocar-se em risco: normatividade vital em Georges Canguilhem

Autores/as

  • Tiago Iwasawa Neves Universidade Federal de Campina Grande
  • Luiza Almeida Porcaro Universidade Estadual da Paraíba
  • Daniel Rangel Curvo Universidade Estadual da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0104-12902017170016

Palabras clave:

Saúde, Risco, Normatividade Vital, Georges Canguilhem

Resumen

Este artigo objetiva apresentar uma crítica ao modelo biomédico de saúde predominante nas ciências médicas, a partir do conceito de normatividade vital, proposto por Georges Canguilhem. Na introdução apresentamos, a partir de um breve histórico do conceito de saúde, a normalização como o primado fundamental do modelo biomédico. Na primeira parte, discutimos o problema da determinação do normal e do patológico, da saúde e da doença, no pensamento de Canguilhem, buscando situar esses conceitos em função de valores individuais, questionando a existência de um processo normativo em biologia. Na segunda parte, pretende-se demonstrar que a normatividade vital defendida por Canguilhem é uma ferramenta conceitual fundamental para o entendimento da lógica de produção biológica. Esta lógica de produção não toma a norma como critério de valoração das formas de vida possíveis. Não são as individualidades biológicas que se adéquam ou se afastam das normas, mas, ao contrário, é a individualidade biológica enquanto potência de criação de novas formas que produz o processo de sua normatividade. Por fim, destacamos o impacto crítico do conceito de saúde entendido como uma abertura ao risco, enfatizando essa dimensão da saúde como a capacidade de enfrentar novas situações de vida.

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Publicado

2017-09-01

Número

Sección

Original research articles

Cómo citar

Neves, T. I., Porcaro, L. A., & Curvo, D. R. (2017). Saúde é colocar-se em risco: normatividade vital em Georges Canguilhem. Saúde E Sociedade, 26(3), 626-637. https://doi.org/10.1590/s0104-12902017170016