Transposição do rio São Francisco: arte-fatos literários sobre saúde mental e o conto da implementação de megaempreendimentos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/Palabras clave:
População Rural, Saúde Mental, Impactos AmbientaisResumen
A justificativa para a implementação de megaempreendimentos no Brasil perpassa discursos de interesse político, econômico, social e ambiental, a fim de promover o desenvolvimento do país. Neste levantamento, busca-se compreender como são contadas as histórias sobre a implementação dessas iniciativas em territórios onde povos camponeses habitam cotidianamente, bem como lançar um olhar para a interface entre megaempreendimentos e saúde mental, a fim de provocar reflexões que possibilitem a criação de ações interventivas de cuidado em saúde mental com os povos camponeses. Trata-se de uma revisão integrativa que consultou quatro bases de dado se analisou 36 escritos, que apontaram importantes considerações como o fato de a implementação de megaempreendimentos impactar diversos âmbitos da vida daqueles que residem no percurso das obras, ocasionando um processo de vulnerabilização desses povos. Quanto à saúde mental da população rural, sua compreensão na literatura ainda se focaliza na presença de transtornos. Ancorada no binômio saúdedoença, verifica-se a invisibilização da pluralidade de sentidos que a saúde mental tem para povos camponeses, bem como o desinteresse em conhecer os caminhos trilhados no próprio território para o encaminhamento do cuidado em saúde mental, através de seus saberes, cosmologias e tradições.
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