Mulher e negra: dupla vulnerabilidade às DST/HIV/aids

Autores

  • Naila Janilde Seabra Santos Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Programa Estadual de DST/aids

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-129020162627

Resumo

O objetivo deste trabalho é discutir os fatores determinantes da vulnerabilidade das mulheres negras a HIV/aids. Pela descrição e análise de dados socioeconômicos, de incidência e mortalidade de aids e da mortalidade de outras patologias, desenha-se o quadro epidemiológico que ressalta as iniquidades em saúde da população negra e, em particular, das mulheres desse segmento populacional. Quando comparadas às mulheres brancas, as negras apresentam, repetidamente, maior risco de adoecimento e morte. A discussão sobre violência sexual e doméstica reitera as disparidades e a maior vulnerabilidade social da mulher negra. As desigualdades socioeconômicas e o racismo institucional são as hipóteses explicativas para a alta vulnerabilidade às DST/aids das mulheres negras. Apenas com uma ampla gama de ações multissetoriais, incisivo enfrentamento do racismo institucional pelo Estado e fortalecimento do movimento social será possível iniciar a longa jornada para se alcançar o propalado princípio de equidade na saúde.

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Publicado

2016-09-01

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Santos, N. J. S. (2016). Mulher e negra: dupla vulnerabilidade às DST/HIV/aids . Saúde E Sociedade, 25(3), 602-618. https://doi.org/10.1590/S0104-129020162627