Quem sente é a gente, mas é preciso relevar: a lombalgia na vida das trabalhadoras do setor têxtil de Blumenau - Santa Catarina

Auteurs

  • Karine Muniz Polizelli Faculdade Metropolitana de Blumenau
  • Silvana Nair Leite Universidade do Vale do Itajaí; Programa de Mestrado em Saúde e Gestão do trabalho

DOI :

https://doi.org/10.1590/S0104-12902010000200016

Mots-clés :

Lombalgia, Mulheres, Trabalhadoras, Setor têxtil

Résumé

Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de compreender o enfrentamento da lombalgia no cotidiano de mulheres trabalhadoras do setor têxtil de Blumenau, Santa Catarina. Três mulheres trabalhadoras do setor têxtil daquela cidade foram as informantes principais do estudo, desenvolvido em encontros quinzenais e visitas a locais de trabalho. Foram utilizados como ferramentas de estudo um calendário com data e dias da semana para a marcação de dores relativas à lombalgia e uma Escala Análogo Visual (EAV). Além de relatos anotados em formulários de acompanhamento dos encontros quinzenais, utilizou-se um diário de campo para transcrição de fatos e relatos. Os dados coletados levaram à construção de duas categorias interpretativas: a dor lombar sob o aspecto da normalidade e a dor sentida. Os resultados da pesquisa levam à conclusão de que a lombalgia, sob o ponto de vista das trabalhadoras do setor têxtil de Blumenau, apresenta-se como uma espécie de conflito entre a dor normal, sem importância social, e a dor sentida e limitante, que traz sofrimentos e angústias no âmbito privado. A dualidade da lombalgia é marcante, pois são mulheres que têm dor, real para elas, com um impacto importante para suas vidas, mas elas mesmas esforçam-se por negligenciá-la, seguindo a concepção socialmente aceita para esta questão no contexto cultural da região. O conceito de lombalgia construído é de algo inerente à vida e ao trabalho, o que não permite o direito de estar doente.

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Publiée

2010-06-01

Numéro

Rubrique

Part II - Articles on Work and Worker's Health

Comment citer

Polizelli, K. M., & Leite, S. N. (2010). Quem sente é a gente, mas é preciso relevar: a lombalgia na vida das trabalhadoras do setor têxtil de Blumenau - Santa Catarina . Saúde E Sociedade, 19(2), 405-417. https://doi.org/10.1590/S0104-12902010000200016