O Movimento Negro do ABC Paulista: diálogos sobre a prevenção das DST/aids

Auteurs

  • Ana Lucia Spiassi Faculdade de Medicina do ABC; Centro de Estudos em Saúde Coletiva
  • Deivison Mendes Faustino Faculdade de Medicina do ABC; Centro de Estudos em Saúde Coletiva
  • Ana Teresa Rodriguez Viso Faculdade de Medicina do ABC; Centro de Estudos em Saúde Coletiva
  • Larissa Ottati Cavalheiro Faculdade de Medicina do ABC; Centro de Estudos em Saúde Coletiva
  • Débora Fernanda Vichessi Faculdade de Medicina do ABC; Centro de Estudos em Saúde Coletiva
  • Virginia Sant'Anna Faculdade de Medicina do ABC; Centro de Estudos em Saúde Coletiva
  • Marco Akerman Faculdade de Medicina do ABC; Centro de Estudos em Saúde Coletiva

DOI :

https://doi.org/10.1590/S0104-12902010000600012

Mots-clés :

Movimento social negro brasileiro, Saúde da população negra, Prevenção de aids, Racismo

Résumé

OBJETIVO: Apresentar a avaliação realizada sobre as possibilidades de integração entre as agendas do movimento negro e a prevenção das DST/aids. METODOLOGIA: Utilizou-se o instrumento qualitativo chamado de Panel Delphi, dada a sua flexibilidade de consultas. Foram cadastradas 135 entidades do movimento negro, tendo 41 delas aceitado a proposta de participar do painel de questões. O projeto foi extensivo aos sete municípios da região do ABC paulista, sendo que 32,8% do total da população da região é composta de pretos e pardos. RESULTADOS: O grupo de 41 entidades participantes propôs-se a atuar em ações de prevenção das DST/aids diretamente (agregando-as às suas atividades cotidianas), ou indiretamente (através de ações de controle social) e avaliou a necessidade de um entendimento sócio-histórico da vulnerabilidade da população negra, em relação não somente à prevenção de DTS/aids, mas também da saúde como um todo e da totalidade da vida: "[...] a história do negro é de desumanização, negação da condição de ser humano, que expõe os negros a qualquer doença. A informação fica sem credibilidade vinda dessa maneira. O negro precisa ser visto como ser pleno." (1.10.1). CONCLUSÕES: O racismo vivenciado tem impacto nas condições de acesso à saúde e tem se refletido na maior vulnerabilidade de homens e mulheres negros para a infecção de HIV. Os elementos de afirmação da identidade racial contribuem para a promoção da saúde da população negra. Ações conjuntas entre os serviços de saúde e o movimento social possibilitam condições de fortalecimento de uma política de enfrentamento das DST/aids entre as negras e os negros brasileiros.

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Publiée

2010-12-01

Numéro

Rubrique

nd952272192

Comment citer

Spiassi, A. L., Faustino, D. M., Viso, A. T. R., Cavalheiro, L. O., Vichessi, D. F., Sant'Anna, V., & Akerman, M. (2010). O Movimento Negro do ABC Paulista: diálogos sobre a prevenção das DST/aids . Saúde E Sociedade, 19(supl.2), 121-133. https://doi.org/10.1590/S0104-12902010000600012