Metilfenidato e aprimoramento cognitivo farmacológico: representações sociais de universitários

Auteurs

  • Denise Barros Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Francisco Ortega Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social

DOI :

https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000200008

Mots-clés :

Ciência, Tecnologia e Sociedade, Aprimoramento Biomédico, Metilfenidato, Cognição, Subjetividade, Grupos Focais

Résumé

O artigo tem por objetivo apresentar o resultado da investigação das representações sociais de 20 estudantes universitários sobre o uso de metilfenidato para aprimorar o desempenho cognitivo em pessoas saudáveis. Nesta pesquisa qualitativa, de cunho exploratório, 20 universitários entre 18 e 25 anos, oriundos de cursos das áreas de saúde e humanas, foram distribuídos em três grupos focais para debater sobre o Aprimoramento Cognitivo Farmacológico. A análise dos dados revelou que entre esses estudantes houve uma maior tolerância aos métodos que alteram a neurobiologia a favor do ideal social de melhoria da performance das pessoas. Contudo, os entrevistados expressaram grande preocupação com a possibilidade de este procedimento vir a intensificar injustiças e desigualdades entre as pessoas, principalmente nas sociedades em que já existem significativas diferenças sociais. Assim, apesar de o tema ser pouco estudado no Brasil, a análise dos dados da presente investigação sugere que o Aprimoramento Cognitivo Farmacológico é um assunto atual e relevante. Não apenas por esta prática estar relacionada à construção e manutenção da subjetividade dos indivíduos em uma sociedade que prioriza a melhoria da performance cognitiva, mas também pelo risco de esta interferir em questões de igualdade e justiça social.

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Publiée

2011-06-01

Numéro

Rubrique

Articles

Comment citer

Barros, D., & Ortega, F. (2011). Metilfenidato e aprimoramento cognitivo farmacológico: representações sociais de universitários . Saúde E Sociedade, 20(2), 350-362. https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000200008