Mulheres enfrentando as violências: a voz dos operadores sociais

Auteurs

  • Adriana Dewes Presser Faculdades EST
  • Stela Nazareth Meneghel Faculdades EST
  • Élida Azevedo Hennington Faculdades EST

DOI :

https://doi.org/10.1590/S0104-12902008000300013

Mots-clés :

Violência intrafamiliar, Violência de gênero, Práticas discursivas, Rota Crítica

Résumé

Este artigo tem o objetivo de esclarecer a rota crítica de mulheres do município de São Leopoldo no enfrentamento da violência, por meio da análise das práticas discursivas de um grupo de trabalhadores de instituições sociais. Realizou-se uma seleção intencional de instituições dos setores saúde, educação, policial, jurídico-legal e comunitário e foram entrevistados dois representantes de cada setor. A partir das práticas discursivas dos operadores, percebemos que a violência praticada contra as mulheres é um problema de elevada frequência e baixa resolubilidade institucional. No processo da rota crítica - o caminho percorrido pelas mulheres para romper com a violência - muitas não recebem o acolhimento nos serviços. Apesar da criação do Centro de Referência para Mulheres, ainda há muito a ser feito para efetivar as políticas públicas. Os depoimentos dos trabalhadores sociais foram enunciados a partir da posição institucional que ocupam, e, nesses discursos, eles minimizaram os pedidos de ajuda das mulheres, culpabilizando-as. Os operadores ligados às organizações comunitárias foram os mais solidários e compreensivos. Os resultados da pesquisa mostram que não há uma única rota ou itinerário ideal; pelo contrário, a rota percorrida pelas mulheres é longa, dolorosa e nem sempre eficiente. Nem todas as rotas empreendidas pelas mulheres em São Leopoldo puderam ser conhecidas, porém o fato de outros serviços estarem sendo disponibilizados na cidade, certamente possibilitará o traçado de outros caminhos.

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Publiée

2008-09-01

Numéro

Rubrique

Original research articles

Comment citer

Presser, A. D., Meneghel, S. N., & Hennington, Élida A. (2008). Mulheres enfrentando as violências: a voz dos operadores sociais . Saúde E Sociedade, 17(3), 126-137. https://doi.org/10.1590/S0104-12902008000300013