Práticas educativas dos serviços dirigidos a trabalhadores(as) do sexo em Portugal

Autores

  • Marta Graça Universidade de Aveiro; Departamento de Educação e Psicologia; Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores
  • Manuela Gonçalves Universidade de Aveiro; Departamento de Educação e Psicologia; Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0104-12902017160804

Palavras-chave:

Educação Não Formal, Trabalho Sexual, Organizações

Resumo

Os projetos de educação social e em saúde dirigidos a trabalhadores(as) do sexo são sobretudo desenvolvidos por organizações não governamentais. Essas organizações têm diferentes perspectivas sobre a prostituição, entendendo-a como opressão ou trabalho. No entanto, pouco é conhecido sobre a forma como essas perspectivas moldam suas práticas educativas. Neste estudo qualitativo, pretende-se identificar as ações educativas empreendidas pelas 23 organizações que dirigem serviços a trabalhadores(as) do sexo em Portugal, tendo em conta as perspectivas em que se inserem. A partir dos três paradigmas teóricos presentes na literatura sobre o trabalho sexual - opressão, empoderamento e polimorfo (neutro) -, estabelecemos ligação com a perspectiva institucional sobre o trabalho sexual. Concluímos que as ações educativas são influenciadas pelas visões sobre a prostituição; incidem predominantemente na educação em saúde e, de forma menos expressiva, focalizam no desenvolvimento de competências sociais e no empoderamento. Não obstante a importância e a relevância do trabalho dessas organizações, evidencia-se a necessidade de uma avaliação mais estruturada e participada das ações, que devem promover a participação dos(as) trabalhadores(as) do sexo no planejamento, na implementação e na avaliação dos projetos que lhes são dirigidos.

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Publicado

2017-06-01

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Graça, M., & Gonçalves, M. (2017). Práticas educativas dos serviços dirigidos a trabalhadores(as) do sexo em Portugal. Saúde E Sociedade, 26(2), 571-583. https://doi.org/10.1590/s0104-12902017160804