Maternidade marcada: o estigma de ser mãe com deficiência visual

Autores

  • Léa Carla Oliveira Belo Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde
  • Pedro de Oliveira Filho Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902018147798

Palavras-chave:

Maternidade, Deficiência Visual, Estigma, Relatos

Resumo

Este artigo, que pretende ampliar a discussão sobre deficiênciaematernidade,valorizandoaexperiência de mulheres com deficiência visual, refere-se a um recorte dos dados da pesquisa de mestrado Dar à luz quando não se vê: relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade, que analisou a construção da maternidade no relato de mães com deficiência visual por meio de entrevistasnão dirigidas.Acompreensão,interesse e problematização das participantes em relação à maternidade e ao seu exercício, os desdobramentos desse novo arranjo social e a demarcação de gênero implicada no cuidado com os filhos motivam o aprofundamento da temática e apontam para a necessidade de que o conceito de “estigma” englobe também a maternidade de mulheres com deficiência.Os relatos das participantesmostraram dois aspectos relacionados à maternidade: a estigmatização de ser mãe cega e a ideia de amor materno sacrificial, uma posição de gênero e até de identidade, na qual a mulher com deficiência, com inúmeras barreiras sociais, é levada a cuidar dos filhos e, ainda assim, não receber a legitimação socialdestanovaposição,limitandodesta forma sua nova identidade como mãe.

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Publicado

2018-09-02

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Belo, L. C. O., & Oliveira Filho, P. de. (2018). Maternidade marcada: o estigma de ser mãe com deficiência visual. Saúde E Sociedade, 27(3), 957-967. https://doi.org/10.1590/S0104-12902018147798