Narrativas de trabalhadores(as) do sexo sobre clientes com diversidade funcional: poderá a formação melhorar a saúde sexual em Portugal?
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902020180992Palavras-chave:
Sexualidade, Diversidade Funcional, Trabalho Sexual, Assistência Sexual, Saúde Sexual, PortugalResumo
As pessoas com diversidade funcional enfrentam barreiras que limitam suas vidas sexuais. Em Portugal, alguns indivíduos com incapacidades físicas demonstraram interesse em recorrer à assistência sexual, prestada por profissionais com formação, para responder às suas preferências e necessidades sexuais. Contudo, trabalhadores(as) do sexo, sem formação específica, representam a única forma de aceder a serviços sexuais comerciais. Assim, este estudo foca as experiências de trabalhadores(as) do sexo que prestam serviços a clientes com diversidade funcional. Treze entrevistas a trabalhadores(as) do sexo foram analisadas pelo método proposto por Braun e Clarke. Os principais resultados demonstraram que os clientes do trabalho sexual são majoritariamente homens e que as especificidades inerentes tanto à falta de formação como às relações estabelecidas tendem a gerar sentimentos de constrangimento nos(as) profissionais. Finalmente, concluiu-se que a formação aliada à educação sexual e uma reflexão crítica sobre as diferenças de gênero existentes no recurso ao sexo comercial são fundamentais para melhorar a saúde sexual daqueles(as) que escolhem os serviços sexuais como forma de expressão sexual.
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