Práticas corporais/atividades físicas demarcadas como privilégio e não escolha: análise à luz das desigualdades brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902021200363Palavras-chave:
Política de Saúde, Fatores Socioeconômicos, Atividade MotoraResumo
Este artigo tem como objetivo assinalar as práticas corporais/atividades físicas como mais um privilégio no Brasil, refutando a noção de que sua prática é uma simples escolha no cuidado em saúde. Para tal, apontaremos evidências discursivas e práticas influenciadas pelas graves condições de desigualdade no país. A caixa de ferramentas utilizada reuniu as relações de saber e poder em Michel Foucault, o apelo ao ensaio a partir de Jorge Larrosa e o acúmulo teórico da Saúde Coletiva. Ao assumir que o envolvimento em práticas corporais/atividades físicas de lazer é perpassado por privilégios, colocamo-nos como defensores das políticas públicas em função do seu caráter de acesso. Há um desafio social premente, qual seja, criar condições de vida dignas, reduzir dramaticamente as desigualdades para fortalecer as ações em direção a cuidados com a saúde como direito de todas as pessoas. Conclui-se que as práticas corporais/atividades físicas são manifestações complexas e atravessadas pelas imposições de vida, em que é imperioso observar as condições e modos de viver, refutando a noção amplamente disseminada de que basta acumular minutos de atividade física para se ter saúde.
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