Práticas integrativas e complementares em saúde entre estudantes universitários: motivos de uso e de não uso
DOI:
https://doi.org/10.1590/Palavras-chave:
terapias complementares, estudantes, saúde, universidadesResumo
O objetivo deste estudo é compreender os motivos de uso e não uso das práticas integrativas e complementares entres estudantes universitários da área da saúde. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, com dados coletados por meio de questionários (667) e entrevistas (34) e submetidos à análise de conteúdo. Os efeitos terapêuticos, a influência familiar e a oferta de alternativa à biomedicina foram as principais razões elencadas para o uso das práticas integrativas e complementares, ao tempo que a ausência de demanda, o desinteresse e a falta de oportunidade foram as motivações mais frequentes para o não uso. Nesse sentido, as motivações de uso enfatizam as vantagens obtidas através da interlocução com essas práticas e alguns contextos que determinam sua adoção. Em relação às motivações de não uso, destaca-se um cenário de baixa oferta e dominância da biomedicina na cultura ocidental contemporânea. Portanto, esses resultados corroboram a demanda de enfrentamento da monocultura da biomedicina, bem como a abordagem das práticas integrativas na educação superior. Desse modo, a universidade pode se construir a partir da tessitura entre diferentes culturas em saúde, com a facilitação do emprego das práticas não hegemônicas e a ampliação das bases epistêmicas de cuidado na formação e vida da comunidade acadêmica.
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